Pop nostálgico no Anhangabaú - Revista Esquinas

Pop nostálgico no Anhangabaú

Por Gabriela Pereira e Lais Barison : maio 22, 2018

Consagrados do passado, cantores puseram o público para dançar na Virada Cultural

A noite fria do último sábado não foi empecilho para o público que foi ao Vale do Anhangabaú para participar da Virada Cultural. O Palco Alegria do evento paulistano homenageou Chacrinha, famoso apresentador de televisão das décadas de 1950 a 1980. A eterna ex-chacrete Rita Cadillac, mestre da cerimônia, deu boas-vindas à multidão por volta de 21 horas. Leo Jaime, cantor e radialista popular na década de 1980, criticou o governo brasileiro e a situação econômica do País em um show lotado. Animado e cativante, Jaime cantou várias músicas de outros artistas, como “Gatinha Manhosa”, de Erasmo Carlos, e “Será”, do grupo Legião Urbana. Uma especialista em Libras se posicionou próxima ao palco para traduzir todas as músicas tocadas para a língua brasileira dos sinais.

O rosto mais popular dos GIFs brasileiros na internet, Gretchen dançou e cantou no Palco Alegria na madrugada de sábado para domingo
Lais Barison

Perto da meia-noite, foi a vez da cantora Valesca Popozuda esquentar a fria noite com os sucessos que lhe renderam fama, como “Beijinho no Ombro”, hit do Carnaval de 2014. Imediatamente, o público quase duplicou de tamanho e sua faixa etária se alterou, mudando para adolescentes e jovens adultos. Em seguida, Gretchen, dona do “Conga, conga, conga” que sacudiu os anos 1980 e atualmente famosa na internet pelo seus memes, agitou os fãs que a assistiam. A Rainha do Rebolado fez uma apresentação dedicada ao público juvenil, como ela mesma afirmou.

No dia seguinte (20), a tarde se iniciou no Anhangabaú com o eterno sex simbol Sidney Magal. Mesmo com sensação térmica de 15°C, a população não deixou de comparecer e apreciar o “amante” de “Sandra Rosa Madalena”, que interagiu com ela a todo momento. Assim como Leo Jaime, o cantor aproveitou para alfinetar o cenário político de 2018 brasileiro, chamando o público para participar.

 

Magal, sempre sorridente, rebolou ao ritmo cigano de suas canções

Além das músicas, o Vale do Anhangabaú contou durante a Virada com um parque de diversões gratuito, dando jus ao nome do palco, Alegria. Nem frio, nem as filas para os brinquedos, que podiam chegar a durar mais de uma hora, foram problemas para tirar o pique dos participantes. São Paulo segue sendo a cidade que não para e pode bailar com uma rosa na boca.