Mídia consciente - Revista Esquinas

Mídia consciente

Por Pedro Garcia : agosto 30, 2018

Foto por: Daniel James / Unsplash

Frente LGBT+ Casperiana organiza mesa para debater tema

A temática do HIV/Aids está há tempos presente na mídia, tanto brasileira quanto internacional. No início, anos 1980 e 1990, a infecção era extremamente relacionada com homens gays e as veiculações da mídia abordando o assunto sempre traziam tal estigma e também um terror sobre a pauta. Ainda nos dias de hoje esse padrão se repete, com o intuito de questionar estes padrões a Frente LGBT+ Casperiana organizou uma mesa de debate na última noite da Semana de Comunicação.

Médico e comunicadores compuseram a mesa para tratar o assunto do HIV
Pedro Garcia

Quem iniciou os debates foi o jornalista e pesquisador Vicente Darde, que realizou sua dissertação de mestrado sobre as representações da Aids na imprensa. Sua fala foi pontuada por uma análise histórica da problemática, voltando a coberturas famosas da imprensa brasileira e internacional, como a capa da Revista Veja de 1989, com o cantor Cazuza consumido pela doença.

O médico infectologista Rico Vasconcelos, coordenador do ambulatório de HIV no hospital da Universidade de São Paulo. O profissional participou de pesquisas sobre o PrEP (profilaxia pré-exposição) e o Pep (profilaxia pós-exposição), antirretrovirais indicados para a prevenção da infecção por HIV, antes e depois de um caso de risco.

Rico Vasconcelos é coordenador do ambulatório especializado em HIV do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e faz parte dos estudos brasileiros de PrEP
Pedro Garcia

O youtuber e artista Gabriel Estrela também esteve presente compartilhando sua experiência como soropositivo e os jornalistas Marcio Caprica e Nathan Fernandes. Comentando sobre coberturas negativas da imprensa, como por exemplo mostrando uma visão unilateral ou até mesmo falsas relacionas a prevenção do HIV/Aids.

Foram debatidos diversos temas com os presentes. Como a forma correta de produzir conteúdo sobre o assunto e criar narrativas que não sejam apenas tragédias, maneiras de levar o conteúdo para o maior número de pessoas possível, como não deixar o assunto estigmatizado e limitado para só um público e a necessidade de disseminar informação sobre o assunto.