A história de pessoas que deixam a vida para trás para conhecer o mundo mesmo trabalhando
O avanço tecnológico proporcionou uma maior flexibilidade em diversos campos sociais e profissionais. Com isso, pessoas e empresas estão cada vez menos presas a espaços físicos e permite-se a vivenciar novos desafios em suas vidas. Essa é apenas uma das muitas características de um nômade digital.
O conceito vem se expandindo rapidamente conforme os anos passam e já se tornou um estilo de vida que caminha lado a lado com a profissão. Nômade digital é aquela pessoa que abre mão da fixação territorial para poder desfrutar do mundo. Tudo isso sem deixar de trabalhar.
Quem se jogou de cabeça nesse universo do desapego geográfico foi Bernardo Wertheim. Londrino nato com alma carioca e passaporte para lá de carimbado, contou algumas características necessárias para assumir esse estilo de vida.
Muitos perguntam para Wertheim como ele tem essa vida com pouca “estabilidade”, como por exemplo a família e uma conta bancária. Na verdade, acontece justamente o contrário: há planejamento, sim, mas diferente do da vida considerada normal.
Se o problema for o apego pela família, o indivíduo pode adotar outro estilo de trabalho remoto, sem deixar muitas coisas para trás por tempo indeterminado. É o que aconteceu com Glau Gasparetto. Jornalista e criadora do site Vida Wireless, mora ainda em São Paulo. Entretanto, ela se permite fazer viagens mais longas que as das férias convencionais. Isso só é possível por causa de algo incomum quando se passeia pelo mundo: ela trabalha enquanto viaja.
Gasparetto explica que é preciso balancear as contas para não cair no vermelho em uma viagem do tamanho das que ela realiza e não se ver de mão atadas longe de casa. Ela ainda enfatiza que eficiência e concentração no trabalho são os pontos-chave do êxito de uma pessoa durante suas andanças por aí. “Produtividade e foco são fundamentais para você cumprir o seu trabalho e ter tempo livre para conhecer o lugar que você está”, lembra a nômade digital.
Seja viajando constantemente, seja conciliando férias e trabalho, Gasparetto e Wertheim são apenas dois exemplos de tantas pessoas que deixam tudo para trás para conhecer o mundo. O interesse por este estilo de vida não acaba. Agora só falta preparar as malas e sair para viajar.