Da desconfiança ao penta, relembre ambiente e caminho da Seleção durante a Copa, a festa na volta ao Brasil e veja por onde andam os guerreiros da campanha
Há exatos 20 anos, uma cena marcava a história do futebol: Cafu, em cima do palanque de campeão, levantava a taça do penta brasileiro e homenageava sua terra natal, o Jardim Irene, bairro da Zona Sul de São Paulo. A Terra do Sol Nascente se tornava a Terra dos Canarinhos. Por aqui, do outro lado do globo, a explosão e a euforia tomavam conta do Brasil. Hoje em dia, é difícil imaginar que aquele elenco histórico era muito questionado antes da competição mais importante do mundo do futebol.
Há um ditado popular que garante: quanto menos você esperar, mais as coisas vão acontecer. A seleção passou por coisa parecida, pois apesar de estrelada era desconfiada. Muito por conta da campanha dos quatro anos de preparação, com eliminações vexatórias, como para Honduras na Copa América de 2001, e polêmicas extra-campo, como a não convocação de Romário e o questionamento sobre as condições físicas de Ronaldo Fenômeno e Rivaldo.
ESQUINAS conversou com o jornalista esportivo Mauro Naves para relembrar os principais detalhes da conquista do penta. Jornalista esportivo há mais de 32 anos, Naves passou 31 deles no Grupo Globo e atualmente está no Grupo Disney. No caminho de sua sétima Copa do Mundo, ele conta os detalhes daquela que foi sua segunda cobertura do principal evento do futebol, em 2002.
Campanha nas eliminatórias e a crise pré-Copa penta
O começo da preparação para a Copa de 2002 veio após a doída derrota para a França na final de 1998. Zagallo deixou o comando para Vanderlei Luxemburgo assumir a Seleção Canarinho e iniciar as eliminatórias em 2000. Porém, o treinador foi eliminado após as Olimpíadas de Sydney, no mesmo ano. Para seu lugar, a CBF foi atrás de Emerson Leão, que também deixou o cargo após a eliminação para a França na Copa das Confederações daquele ano.
Neste momento, as expectativas em torno do Brasil eram as menores possíveis. O time não desempenhava bem nas eliminatórias e nem nas competições intercontinentais. A desconfiança em cima de jogadores como Ronaldo e Rivaldo apenas crescia. Até que Luiz Felipe Scolari, o Felipão, assume a Seleção Brasileira e, sob muitas críticas e oscilações, consegue se classificar para a Copa, com a terceira das quatro vagas disponíveis nas eliminatórias sul-americanas.
“Quando você fala em clima de desconfiança, tem tudo a ver com as eliminatórias. A preparação começou com Luxemburgo, passou pelo Emerson Leão e terminou com o Felipão, que assumiu um ano antes. Quando o Felipão assume, além de perder o primeiro amistoso, perde a Copa América, em um jogo inesperado para a Honduras”, conta Naves.
Os 23 convocados e a Família Scolari PENTA
Felipão já vinha selecionando os nomes que viriam a compor a famosa Família Scolari, mas ainda havia uma pulga atrás da orelha do treinador: Romário.
Herói do tetra, o atacante, que na época tinha 36 anos e atuava no Vasco da Gama, era sensação em solo nacional, tendo marcado 42 gols no ano de 2001 e 26 gols no primeiro semestre de 2002. Apesar do bom momento, o Baixinho se desentendeu com Felipão durante a Copa América de 2001, após ter usado uma cirurgia nos olhos como desculpa para ser dispensado e juntar-se ao Cruzmaltino para a pré-temporada. Depois desse ocorrido, o treinador nunca mais convocou Romário, mesmo com os pedidos da mídia e da torcida.
Passado todas essas polêmicas, Felipão soltou a tão esperada lista de convocação, que contava com muitos atletas atuando no campeonato nacional e algumas estrelas dos gramados da Europa.
Goleiros: Marcos (Palmeiras), Rogério Ceni (São Paulo) e Dida (Corinthians);
Zagueiros: Lúcio (Bayer Leverkusen), Roque Júnior (Milan), Edmilson (Lyon) e Anderson Polga (Grêmio);
Laterais: Cafú (Roma), Roberto Carlos (Real Madrid), Belletti (São Paulo), Júnior (Parma);
Meio-campistas: Ricardinho* (Corinthians), Gilberto Silva (Atlético-MG), Ronaldinho Gaúcho (PSG), Kléberson (Athletico-PR), Denilson (Real Betis), Vampeta (Corinthians), Juninho Paulista (Flamengo) e Kaká (São Paulo);
Atacantes: Ronaldo Fenômeno (Inter de Milão), Rivaldo (Barcelona), Luizão (Grêmio) e Edilson (Cruzeiro).
* Ricardinho foi convocado após o corte de Emerson (Roma).
“Um time meio montado na última hora, mas com um elenco sensacional. Tinha um trio de ataque muito forte, uma defesa segura, dois laterais muito experientes. Em termos de bola, você tinha um time bom. Não à toa, chegou na final e ganhou”, avalia Naves.
Engana-se quem acha que o debate entre convocar ou não jogadores que atuam no Brasil é de hoje. Já nessa época o tema era discutido e o próprio Romário é um exemplo disso.
Chama a atenção que dos 23 convocados, 13 atuavam em solo nacional. Mauro Naves conta que antigamente os jogadores migravam para Europa mais velhos: “Naquela época tinha muita gente boa jogando no Brasil, mas de lá para cá muita coisa mudou. Estamos falando de 20 anos de diferença. Cada vez mais cedo o jogador brasileiro que se destaca vai para a Europa, é uma coisa natural no caso do Brasil, já que é um país que revela muitos atletas”, disserta o repórter.
Apesar disso, ele chama a atenção para o fato de que, dos onze titulares da equipe, a maioria atuava ou viria a atuar no exterior. Confira o time base que iniciava os jogos:
Mauro destaca a turbulência com a qual o time teve de lidar e ser composto: “é curioso que o time foi se formando ao longo da Copa, não tinha um time titular definido. Foi um time montado em cima da hora”. Posteriormente, o time foi se ajustando aos poucos e alguns jogadores foram ganhando a posição ao longo da competição. Foi o caso de Edmilson, que começou entre os reservas, mas assumiu a titularidade e se tornou peça-chave na defesa brasileira.
Quanto ao sucesso do time, o principal trunfo da seleção foi o fator psicológico. O grupo todo estava unido entre si e com Felipão. Assim nascia a Família Scolari. “Sempre tem aquele que se destaca, mas independentemente disso, eu acho que havia muita união. Vejo um tipo de relacionamento entre eles diferente. De um gostar do outro, conversar, brincar, aquelas resenhas de concentração e de treinos. Tudo isso é fundamental. Aquele grupo tinha uma amizade muito grande”, relembra Mauro Naves.
Comparando com os dias atuais, o jornalista aponta que atualmente é muito mais difícil de criar essa união, principalmente por conta das redes sociais. Felipão trabalhava muito bem o companheirismo dos atletas internamente, criando estratégias para que os jogadores comprassem a ideia do treinador, muitas vezes colocando a imprensa contra os jogadores, como mais um adversário a ser batido. Foi uma estratégia criada pelo gaúcho que se aproximou do conceito de “perseguição” da impresa.
“Ele era muito desconfiado da gente. Claro que tem de receber crítica, não tem jeito. Não dava para elogiar um time que estava jogando daquele jeito nas eliminatórias e perde para a Honduras na Copa América”, explica Naves.
Agora é pra valer!
Depois de muito esforço a seleção chegava à reta final de sua preparação, ainda deixando o torcedor sem muitos motivos para acreditar no título mundial. Ronaldo e Rivaldo, os principais jogadores da equipe, ainda careciam de suas melhores condições físicas. O caso de Fenômeno era o pior.
“Os médicos achavam que eles [Ronaldo e Rivaldo] não poderiam jogar. Caso Ronaldo fosse para a Copa, poderia ter um problema definitivo no joelho e encerrar a carreira. Tinha todo esse clima pesado antes”, relembra Naves.
Apesar dos pesares, ambos iniciaram jogando. O sucesso da seleção dependeria deles. “Na medida em que Ronaldo e Rivaldo foram habilitados a jogar a gente sabia que tinham dois caras totalmente diferenciados”, conta.
Antes mesmo do jogo da estreia, mais uma má notícia: 24 horas antes da partida, Emerson teve uma luxação no ombro quando atuava como goleiro durante um “rachão”. O então capitão da seleção teve de ser cortado.
Fase de grupos
Integrante do Grupo C, o Brasil teria pela frente as seleções da Turquia, China e Costa Rica. A classificação foi tranquila e veio após três vitórias, 11 gols marcados e apenas 3 sofridos.
No jogo de estreia, porém, a desconfiança e a tensão ainda eram grandes. Os turcos não facilitaram e proporcionaram ao Brasil o jogo mais difícil da fase de grupos. A Seleção Brasileira ia para os vestiários com desvantagem no placar. Logo no início da segunda etapa, o empate vem com Ronaldo. O artilheiro começava a dar sinais de que estava recuperado. No final do jogo, em um pênalti que até hoje gera controvérsias, Rivaldo foi para a bola e garantiu a vitória para a seleção canarinho. 2 a 1. penta
Com o resultado apertado e uma exibição longe do ideal, a seleção ainda não enchia os olhos dos espectadores. “Aí fica toda aquela história ‘pô, será que vai dar?’ ”, relembra Mauro, que logo aponta uma notável melhora no jogo seguinte. “Mas na medida que os jogos foram acontecendo, o Brasil foi deslanchando e aí mandando chocolate em todo mundo, o primeiro contra a China”, completa. penta
Dito e feito. Os dois seguintes da fase de grupos trouxeram ânimo para a equipe. Os placares: 4 a 0 contra a China e uma goleada histórica por 5 a 2 sobre Costa Rica – mesmo usando o time reserva. Dentre os que entraram, destacaram-se alguns nomes como o lateral esquerdo Júnior, que jogou no lugar de Roberto Carlos e fez boa partida. A situação gerou brincadeiras dentro do grupo. penta
“O Junior foi muito bem naquele jogo e achou que poderia pegar o lugar do Roberto Carlos, então o Vampeta veio e falou ‘pô, para com isso’ ”, conta Naves. Essa e outras situações tantas vezes contadas pelos próprios ex-jogadores ainda são vistas pelo jornalista como um dos diferenciais do grupo.
“Tinha essas coisas, como o Edilson achar que o Ronaldo estava gordo ou o Luizão achar que poderia jogar no lugar do Fenômeno. Mas alguém do grupo já falava para ele, em tom de brincadeira, ‘tira isso da cabeça, não vai dar para você não. Você foi muito bem, já fez seu jogo durante a Copa. Fique feliz com isso’”, relembra.
Na avaliação do jornalista, o grande diferencial desse grupo foi o coletivismo em entender que o time base, com os 11 principais jogadores, já estava formado. “Eles entendiam isso e estavam felizes por estar lá”, afirma Naves.
Oitavas de Final: Brasil 2 x 0 Bélgica
Nas oitavas de final, o adversário da vez foi a Seleção Belga. A equipe não tinha a mesma qualidade da geração atual e o Brasil ganhou pelo placar de 2 a 0, ainda que com relativa dificuldade. Novamente Ronaldo e Rivaldo marcaram.
Quartas de final: Inglaterra 1 x 2 Brasil
Foi um jogo chave para a campanha. Como se já não bastasse a força da equipe de Beckham e companhia, os ingleses ainda contavam com a torcida da casa. Os japoneses, em sua maioria, torciam para o time de Beckham, que era considerado por eles um popstar. Além dele, outros grandes nomes compunham o elenco inglês, como Michael Owen e Paul Scholes.
“Acho que era o jogo mais temido. Realmente uma parada dura para o Brasil, foi difícil o jogo. Eu acho que passar pela Inglaterra era chave naquele momento. Esse foi o jogo decisivo para podermos dizer que venceríamos a Copa”, conta Naves, relembrando como até aquele momento já era esperado que a Seleção passasse das etapas anteriores.
A Seleção Canarinho despachou os ingleses após vencê-los pelo placar de 2 a 1, com gols de Rivaldo e o famoso gol de Ronaldinho Gaúcho, que após cobrança de falta, encobriu o goleiro Seaman. Até hoje o Bruxo garante que a intenção era de fato chutar ao gol ao invés de cruzar para a área, mas há quem discorde.
Semifinal: Brasil 1×0 Turquia
Na fase seguinte, após o difícil jogo contra os ingleses, voltava ao caminho da Seleção a mesma Turquia que o Brasil já havia vencido na fase de grupos. Era um adversário difícil, mas que já havia sido derrotado anteriormente. O jogo foi novamente muito difícil. O Brasil ganhou com o famoso gol de biquinho de Ronaldo, que ainda sentia algumas dores por conta da grave lesão sofrida no joelho ainda no ano de 2000.
A grande decisão
O Brasil estava classificado para sua terceira final de Copa do Mundo seguida. O adversário da vez era a poderosa seleção alemã, rival nunca enfrentado antes em jogos válidos pela competição mundial. penta
Muitos jogadores do ciclo anterior, que haviam sido derrotados pela França na final, estavam presentes e buscavam sua redenção. Ronaldo era um deles. No dia do duelo decisivo de 1998 ele havia sofrido uma convulsão enquanto dormia no hotel. Após muitas indefinições, o Camisa 9 acabou jogando a partida. Mas o ocorrido acabou abalando todos e a seleção que foi a campo teve uma atuação irreconhecível, sendo derrotada pelo placar de 3 a 0. penta
Passados quatro anos, dessa vez o resultado tinha de ser diferente. Em entrevista para a Globo, Ronaldo conta que no dia do jogo contra a Alemanha as cenas da última final estavam presentes em sua cabeça. Antes do jogo, ele tinha medo de dormir e sofrer uma nova convulsão. Por isso, lembra que passou a tarde inteira conversando com o goleiro Dida para ficar acordado até a hora do jogo. penta
Momentos pré-jogo, já no vestiário, Naves relembra outra das famosas “resenhas” que cercaram o ambiente da Seleção Brasileira durante a Copa de 2002. Reza a lenda que, terminada a preleção para o jogo contra os alemães, Felipão chama Ronaldo e Rivaldo apontando que a imprensa estaria dizendo que ambos eram egoístas e não tocavam a bola entre si, por conta da briga pela artilharia do campeonato. Quando o treinador mandou os dois conversarem, Ronaldo teria dito: “Rivaldo, alguém conhece o Coutinho? Não, só o Pelé, né? Então passa a bola para mim que vai dar tudo certo. Coutinho não ficou famoso não, só o Pelé”.
“O Ronaldo nunca confirmou, eu falei isso com ele mais de uma vez e ele não confirma, apenas ri. Mas também não desmente”, revela Naves.
É Penta! Alemanha 0 x 2 Brasil penta
O goleiro Oliver Kahn havia sido eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 2002 antes mesmo do jogo final. Além disso, provocações por parte dele não faltaram. Mal ele e a imprensa sabiam o que aconteceria durante aquela noite de 30 de junho, no Yokohama Stadium, no Japão, sob a presença de 69.029 espectadores.
Era um jogo muito disputada, truncada e de muita marcação. Digno da grandeza da partida. As duas equipes levavam perigo. Mas, como diz a máxima: esse tipo de partida é decidida no detalhe. E assim foi. Aos 21 minutos do segundo tempo, Rivaldo arrisca um chute de fora da área e, no que seria uma simples defesa, Oliver Kahn se complica e espalma para Ronaldo chegar e completar para o gol. Aos 33 minutos, para decretar a vitória, Ronaldo recebe a bola na entrada da área e chuta colocado, sem chances para o goleiro alemão. Poucos minutos separavam o Brasil do quinto título mundial.
No momento em que o juiz apita o fim da partida, os jogadores invadem o gramado, quase todos envoltos pela bandeira do Brasil. A festa começava.
Ronaldo foi o grande nome da partida, ao marcar dois gols na decisão. Estava sacramentada a sua superação, após todas as dores que sentiu e sessões de fisioterapia feitas após a séria lesão no joelho direito sofrida em 2000. Por esse motivo, inclusive, o Fenômeno admitiu em entrevista ao Esporte Espetacular, em 2017, que sequer tinha a certeza se iria ser convocado, visto que voltou da lesão faltando apenas seis meses para o início da Copa. Em meio a todas as dúvidas se voltaria a jogar em alto nível, o Fenômeno ressurgiu e foi peça-chave na conquista do penta, em 2002. Para coroar, foi o artilheiro do mundial daquele ano, com 8 gols marcados.
Na cerimônia de premiação, é entregue a taça para o capitão Cafú, que disputava sua terceira final de Copa do Mundo (1994, 1998 e 2002). Ele quebra o protocolo, sobe no palanque, beija a taça e a ergue, vestindo a camisa escrito “100% Jardim Irene” – bairro onde cresceu em São Paulo – e falando a famosa frase “Regina, eu te amo!” – em homenagem à sua esposa. A partir daí, era só alegria.
Naves conta que estava assistindo ao jogo final das tribunas do estádio, onde a comemoração foi enorme. “Fiquei muito feliz. A gente comemorou muito. Do lado tinham vários jornalistas da Alemanha. A gente praticamente ficava junto na Tribuna de Imprensa. Enfim, era uma festa”, relembra sobre a euforia pós-título.
A volta dos campeões
Com o tão sonhado excesso de bagagem de aproximadamente 6,2 kg, a longa viagem da Seleção Brasileira foi marcada por grande festa dentro do avião. “Foi demais. Eu vim no avião com eles. Foi sensacional porque fomos campeões, né?. Tinha aquela turma que tinha perdido a final de 98, então estava todo mundo numa euforia enorme”, relembra Mauro Naves, confirmando a grandeza da festa.
Durante a viagem de volta, Naves relembra que na primeira parte (de Tóquio à Los Angeles) a grande maioria ficou acordada e festejava muito. Segundo ele, o voo foi marcado por muita resenha, risos e piadas. Já na segunda parte, muitos descansaram, após muita festa e “água mineral”. O único que não havia dormido nem um minuto sequer durante as 24 horas, segundo ele, foi o meio-campista Vampeta. “Passou o voo todo tomando ‘água mineral’. Estava realmente bem eufórico. Depois a Seleção chega, sai do aeroporto, vem para o palácio e de repente o Vampeta dá aquela cambalhota lá na rampa, comprovando o que eu havia dito”, relembra Naves, aos risos, se referindo ao momento em que Vampeta se dirigia para cumprimntar o presidente Juscelino Kubtschek. penta
Destino dos heróis
Já se fazem 20 anos do dia em que o Brasil conquistou seu quinto título de Copa do Mundo. Hoje, nenhum dos jogadores daquela época ainda atua profissionalmente. Alguns nunca deixaram o futebol, de fato. Também há quem virou embaixador da FIFA, técnico de futebol e até mesmo dono de clubes de futebol. Confira a situação atual de cada um dos 11 titulares do jogo final da Copa do Mundo de 2002.