Manifestantes foram às ruas para demonstrar apoio ao governo de Jair Bolsonaro e às suas propostas. Em São Paulo, ato ocorreu na Avenida Paulista
Mais de 150 cidades do Brasil foram palcos de manifestações a favor do Presidente da República neste domingo (26). Entre as principais pautas defendidas estavam a reforma da Previdência e o pacote anticrime do Ministro da Justiça Sérgio Moro. A aprovação da Medida Provisória 870 de reorganização dos Ministérios e a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava Toga, que investiga membros do Supremo Tribunal Federal e de tribunais superiores do país, também foram apoiadas durante o ato.
Na capital de São Paulo, o movimento começou às 14h na Avenida Paulista e reuniu manifestantes vestidos de verde e amarelo, e em sua maioria, carregando bandeiras do Brasil. A polícia militar não divulgou dados de São Paulo, mas em Brasília a polícia estimou 20.000 pessoas presentes no ato.
Frederico Viotti, advogado e membro da associação católica Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, que estava presente na Avenida Paulista, analisou que nem todos manifestantes tinham pautas idênticas, mas apontou um sentimento comum de defesa de um modelo de país que havia sido esquecido nos últimos treze anos. “Há uma defesa geral da família, da propriedade privada e da livre iniciativa, e contra as políticas esquerdistas da era do PT”, falou Frederico.
Na visão de André*, professor de História, os projetos apresentados pelo governo são cruciais para que realmente haja uma mudança no cenário do país e disse apoiar a Nova Previdência pelo contexto total. “Não podemos pensar só no nosso lado, estamos brigando por mudança faz tempo e temos feito a mesma coisa. Não dá para fazer bolo diferente usando a mesma receita”, conta André.
Já Ricardo*, engenheiro de profissão, que também participou do evento na Paulista, falou que a maioria na manifestação “não deve ter Bolsonaro como ídolo”, mas que ele é o único dos políticos que “se propõe a acabar com a ideologia de esquerda que destruiu o país nas últimas décadas”.
O ato ocupou sete quarteirões desde a Rua Padre João Manoel até a Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, com focos em frente ao Masp, ao prédio da Gazeta e ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). As passeatas ocorreram onze dias após o primeiro protesto contra o contingenciamento orçamentário anunciado pelo Ministério da Educação (MEC). O anúncio oficial de encerramento foi às 17h devido à reabertura para carros na Avenida Paulista.
*Os entrevistados não quiseram divulgar seus sobrenomes