Último episódio da terceira temporada do Papo de Esquina debate a geopolítica da vacina para covid-19. Que interesses, afinal, estão por trás da imunização?
Desde março, o mundo assiste uma troca de acusações e aumento de tensões entre países. Entre eles está o Brasil, que chegou a ter suas relações diplomáticas com os chineses abaladas em razão de insinuações fantasiosas. Se o segundo episódio dessa temporada discutiu os tipos de vacina e os movimentos negacionistas, o terceiro e último episódio trata da geopolítica da vacina.
O convidado é o professor Daniel Rei Coronato, que é Doutor em Relações Internacionais e Mestre em Ciências Sociais pela PUC São Paulo. Ele destaca que “pouco se falou sobre cooperação internacional no primeiro semestre” e como o mundo se tornou uma casa de apostas em torno de qual laboratório teria êxito primeiro. A pandemia da covid-19 acirrou tensões entre países como China e Estados Unidos, aumentando espaço para narrativas ficcionais. Como o caso do advogado de Donald Trump, Rudolph Giuliani, responsável por dizer que a vacina chinesa seria uma espécie de continuação do projeto do país para espalhar o vírus.
O entrevistado do último episódio considera que o termo mais xenofóbico dos últimos tempos é “vírus chinês”, utilizado frequentemente pelo Presidente dos Estados Unidos. Para ele, o tom preconceituoso utilizado é um reflexo do pouco conhecimento em relação ao surgimento da doença. Consequentemente, a geopolítica ajuda não só a entender a distribuição da vacina, mas, também, como as relações internacionais podem dificultar ou facilitar a compra da mesma.
Nesta temporada, o Papo de Esquina é apresentado pelas casperianas Ana Laura Ferrari, Anna Bastos, Laís Guerreiro, Larissa Rangel e Laura Barbosa; com a supervisão do professor e editor-chefe de ESQUINAS, Rodrigo Ratier.
Ouça ao último episódio abaixo.