O lançamento do novo BYD Dolphin Mini chega ao Brasil custando R$ 115.800,00, e mercado de elétricos escolhe abaixar os preços
Um dos atrativos dos carros elétricos no Brasil é a redução dos custos. Como o motor não possui partes móveis, os gastos de manutenção se restringem ao sistema de freios, pneus e refrigeração das baterias. A despesa para rodar com um carro elétrico também são menores que os carros compactos (mais econômicos).
Um Fiat Mobi, por exemplo, possui um consumo declarado pela montadora de 9,6 km/L (no álcool) e 13,05 km/L (na gasolina) na cidade de São Paulo. Com o preço médio do álcool (R$ 3,70/L) e da gasolina (R$ 5,00/L), se tem um custo de R$ 0,39 e R$ 0,37 por quilômetro rodado, respectivamente.
Já um Chery iCar possui uma bateria de 30,8 kilowatt-hora e autonomia de 282 km, o que dá 9,13 km/kWh. Com a tarifa residencial de R$ 0,396/kWh, o custo por quilômetro rodado cai para R$ 0,04.
Também há incentivos fiscais. Sete estados, além do Distrito Federal, possuem descontos ou isenção de IPVA (Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores). Em São Paulo, veículos elétricos e híbridos são liberados do rodízio municipal, além de restituição de 50% do IPVA. Uma lei para isenção do imposto está em tramitação na câmara legislativa estadual.
Efeito BYD
A eletrificação de carros causa um grande impacto no mercado brasileiro, com consequências inesperadas, principalmente pela chegada de veículos chineses, como os da BYD e GWM.
Um bom exemplo dessa confusão é a precificação do Renault Kwid elétrico – uma “adaptação” da versão a combustão. Na época do lançamento, era o veículo elétrico mais “barato” do mercado brasileiro custando a partir de R$142.990,00. Até então, veículos elétricos eram um bem de luxo, distante do consumidor médio.
Os primeiros elétricos mais “baratos”, como os JAC E-JS1 (R$ 126.900) e Caoa Chery iCar (R$ 119.990) fizeram a Renault derrubar o preço do Kwid elétrico para R$ 126.490,00 em setembro do ano passado. A chegada do BYD Dolphin, um carro maior, com mais tecnologia embarcada e maior autonomia por R$ 129.000,00.
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- Os primeiros elétricos mais “baratos”, como os JAC E-JS1 (R$ 126.900) e Caoa Chery iCar (R$ 119.990).
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- Os primeiros elétricos mais “baratos”, como os JAC E-JS1 (R$ 126.900) e Caoa Chery iCar (R$ 119.990).
A pequena diferença de preço dá ao Kwid um custo benefício pior. A expectativa da chegada do BYD Dolphin Mini – conhecido no exterior como Seagull – fez a Renault abaixar novamente o preço do seu compacto para R$ 99. 000,00 no início deste ano.
No mercado de semi-novo e usados, o efeito é devastador. Quem comprou um Kwid elétrico há seis meses, observou o seu veículo perder quase 1/3 do valor. “O brasileiro se prende muito ao valor de revenda. Então carros com grande desvalorização tendem a ser evitados, seja seminovos ou 0 km”, diz Vinícius Hozara do canal Meu Carro Lifestyle, que faz um acompanhamento dos preços de carros novos e usados.
Hozara já produziu vídeos, com base em dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), demonstrando como vários modelos de carros à combustão interna tiveram diminuição no número de vendas, com o BYD Dolphin à frente de veículos de montadoras famosas, como da Honda. “A BYD está caindo no gosto dos brasileiuros”, afirma.
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Subcompacto elétrico da BYD
Ontem, 28, houve o lançamento brasileiro do Dolphin Mini com parceria para ativação em diversas instituições e personalidades. No último Domingão do Huck, 25, ocorreu o lançamento da pré-compra, sem divulgação do valor e com desconto de R$ 10.000,00. Além de aparecer na novela Renascer, exbibida às 21:00, no mesmo dia.
No evento da marca, o apresentador Luciano Huck e a influencer Nathalia Arcuri estavam presentes. “No Brasil se roda em média 20 mil km/ano. Um carro de combustão interna gasta R$ 8 mil em combustível nesse período, enquanto um elétrico R$ 2 mil. Uma economia de R$ 6 mil”, ressalta Arcuri em relação a diferença de gastos.
Da divulgação da pré-venda do BYD Dolphin Mini no Domingão do Huck até o evento ontem, o apresentador divulgou que foram feitas 6.170 reservas. Alexandre Baldy, Presidente da BYD no Brasil anunciou um compromisso da montadora: diminuir 1ºC da temperatura do planeta.
Os primeiros elétricos mais “baratos”, como os JAC E-JS1 (R$ 126.900) e Caoa Chery iCar (R$ 119.990) fizeram a Renault derrubar o preço do Kwid elétrico para R$ 126.490,00 em setembro do ano passado.
Foto: Divulgação/BYD
A montadora em parceria com a Raízen, operadora da marca Shell no Brasil, prevê a instalação de mil de pontos de recarga rápida, gratuidade na recarga de até 100 kw/mês por um ano para os primeiros 3 mil compradores, além de descontos para clientes da BYD. O BYD Dolphin Mini chega ao Brasil custando R$ 115.800,00.