Casperiana traz dicas para quem quer começar na área de direção de arte de produções audiovisuais
Durante a primeira noite da 2a Semana de Comunicação Cásper Líbero, aconteceu um bate-papo sobre direção de arte para cinema e TV, mediado pelo professor Cleber Lima. A convidada era a casperiana Luiza Conde, que agora é diretora de arte do programa MasterChef Brasil da Rede Bandeirantes. Mas, afinal, o que faz um diretor de arte? É ele quem elabora o visual de um projeto, juntando o conceito à paleta de cores, cenografia, iluminação, ambientação e, em alguns casos, até mesmo ao figurino. Tudo isso com base em muito estudo.
Conde entrou na carreira que ocupa hoje por acaso, quando começou a se interessar pelo assunto em um trabalho de faculdade no terceiro ano de graduação. Foi estagiária na área de figurinos do SBT, onde fez contatos e conheceu seus mentores, que a ajudaram a escolher o caminho que seguiria adiante. Desde que saiu da faculdade, é freelancer e diz não se imaginar dentro de um escritório com o mesmo horário todos os dias. A diretora de arte não tenta mascarar as dificuldades desse modo de trabalho: além de trazer pouca renda mensalmente por não ser algo estável, demanda muito esforço físico e mental. Porém, ver o trabalho final pronto não tem preço, nas suas palavras.
Passado o tempo de estágio no canal de Silvio Santos, começou como assistente de direção de arte, o que ela mesmo disse ser um trabalho bem burocrático. Era o ponta pé inicial para o lugar que ocupa hoje, um ótimo começo para aprender “truques” das gravações. Logo, seguiu seu próprio caminho, participando da produção de filmes, curtas-metragens e programas de TV, como o MasterChef e um episódio da próxima temporada da série original Netflix Black Mirror, gravado no Brasil.
Além da dica de começar como assistente, Luiza Conde sugeriu outros caminhos para quem quer seguir a sua profissão. Manter uma boa rede de contatos o tempo todo foi uma delas, enquanto saber trabalhar em equipe, ter referências de arte e audiovisual e estudar muito são imprescindíveis. Entre risadas, ainda disse ser importante conhecer a “mágica” de colocar um quadro na parede sem bater um prego.