Canção que dará nome ao novo álbum de Emicida, é lançado no dia 25 de julho
“Ano passado eu morri mas esse ano eu não morro”, esse é o verso do mais novo single do rapper paulistano, com participação das cantoras Majur e Pabllo Vittar e com trechos da música Sujeito de Sorte, do cantor cearense Belchior. AmarElo é a segunda canção de Emicida do seu atual álbum divulgada este ano.
O clipe, dirigido por Sandiego Fernandes e gravado no Complexo do Morro do Alemão no Rio de Janeiro, é intencionalmente carregado de emoção e mostra narrativas de superação. O vídeo de AmarElo tem início com um áudio de WhatsApp que não teríamos coragem de enviar nem para nosso melhor amigo. O conteúdo em questão é de alguém que tentou suicídio e tenta encontrar seu espaço no mundo: “Acho que eu já dei peso demais para todo mundo, tá ligado? Eu não me sinto realizado como ser humano”.
A taxa de suicídios no Brasil vem aumentando. Segundo dados de 2018 do Ministério da Saúde o País tem 1 caso a cada 46 minutos, por isso é necessário dar cada vez mais atenção a doenças mentais, como a depressão. Não é consciência que o amarelo, nome dado a música, é a cor usada para representar a importância do cuidado com saúde mental. Em setembro, a mesma cor simboliza o mês da prevenção do suicídio.
Com delicadeza, Emicida busca na poesia dos seus versos incentivar o público a ultrapassar os obstáculos da vida. “A ideia é que elas observem ao redor e se enxerguem maiores do que os seus problemas, independente de quais sejam”, disse o rapper em entrevista dada ao portal G1 no dia 25 de julho. No clipe, somos apresentados a histórias que mostram exatamente isso: a possibilidade de existência fora das dificuldades, como um deficiente físico que é atleta e garotas que vão a aulas de ballet em uma comunidade violenta.
“Ponho linhas no mundo, mas já quis pôr no pulso”, diz um dos versos da música. Através de sua canção, Emicida resinificou essas linhas para se tornarem instrumentos positivos de superação e de luta. AmarElo trata principalmente sobre esperança e o sentimento que fica ao final do clipe é exatamente esse: “porque apesar de muito moço me sinto são e salvo e forte, e tenho comigo pensado, Deus é brasileiro e anda do meu lado, e assim já não posso sofrer no ano passado”.
Se você precisa de apoio ou possui pensamentos suicidas disque para o Centro de Valorização da Vida (CVV) por meio do número 188. As ligações são sigilosas e, desde 2018, gratuitas.