Exposição de arte contemporânea japonesa quebra a correria da Avenida Paulista
São Paulo, a maior cidade do Brasil, conhecida popularmente como a que não dorme, tem como uma de suas principais características a vasta diversidade cultural. A metrópole possui uma maneira diferente de juntar a correria da capital do estado de mesmo nome e a singularidade de cada cultura espalhada pelo seu território.
A agitada Avenida Paulista – um dos principais centros financeiros da América Latina – em seus quase três quilômetros de extensão abriga diversas culturas entre seus prédios e largas calçadas. É repleta de todo tipo de gente. Com isso, é inevitável perceber a correria e, em pouco tempo, entrar no “modo paulistano” de ter pressa, sem olhar para os lados, apenas para a frente – e para o relógio.
Logo em seu começo, no número 52, se situa a galeria Japan House. Inaugurada em seis de maio de 2017, e financiada pelo governo japonês, tem como objetivo principal difundir essa cultura com a Ocidental. “Estive no Japão. Acho que deve mesmo divulgar [o projeto], pois é fantástico. Os japoneses são muito educados e atenciosos”, diz Vera Tereza, de 72 anos, que visitava o local. “Juntam tradição e modernismo”, completa.
Transmitindo extrema serenidade e tranquilidade, o local faz com que os tremores do metrô e o som dos milhares de carros passando pela avenida se tornem quase imperceptíveis. Calma e leve, a galeria possibilita que seus visitantes conheçam mais sobre a cultura Oriental.
“É interessante conhecer outras culturas. É bom ter um contato a mais, mas sem perder nossa identidade”, afirma a estudante de fotografia Ana Carolina, de 18 anos, que visita as exposições esporadicamente depois das aulas. “Além disso, é ótimo poder dar um tempo da rotina corrida de estudante”, finaliza.
Durante todo o ano, a casa sedia diversas exposições, que duram em torno de três meses. Outubro é o mês das mostras Tsuyoshi Tane | Arqueologia do Futuro – Memória & Visão e NUNO – Poéticas têxteis contemporâneas. Segundo as curadoras do projeto, Adélia Borges e Mayumi Ito, elas têm o objetivo de “reinterpretar as técnicas, maneiras e estética dos têxteis tradicionais contemporâneos, absorvendo tecnologias de ponta e novos materiais”.
Cristian, de 52 anos, diz que “os japoneses sabem muitas coisas que nós não sabemos, como ter carinho e respeito pela natureza e pessoas”. O designer, que nasceu em Buenos Aires, mostra ter admiração pela cultura japonesa: “eles conseguem unir a parte boa do passado com a parte boa do presente”.