ESQUINAS conversa com a dupla Goldfish e fala sobre as expectativas dos sul-africanos para o evento e a diversidade das atrações
O Lollapalooza 2020, 9ª edição do evento no Brasil, está prevista ocorrer para os dias 4, 5 e 6 de dezembro. O evento chegou ao País em 2012 e, desde 2014, acontece no Autódromo de Interlagos. O festival é famoso pelo seu ambiente único, com quatro palcos tomados por atrações simultaneamente, bem como por sua seleção de cantores, bandas e DJs. Há sempre os músicos muito famosos que ocupam a maior parte da line-up do festival. Neste ano, os chamados headliners serão Guns N’ Roses, Travis Scott, The Strokes, Lana Del Rey, Martin Garrix e Gwen Stefani. As letras miúdas do cartaz de divulgação do evento são destinadas às bandas que tocam mais cedo e são, normalmente, nacionais, como Emicida, Pabllo Vittar e Silva.
Além dos muitos artistas brasileiros, o Lolla sempre conta com atrações internacionais que, inclusive, ultrapassam o número das nacionais em 2020. Mais da metade dos estrangeiros se apresentam pela primeira vez no Brasil. Os músicos, em sua maioria, são norte-americanos e europeus. No entanto, o festival reúne atrações de outros continentes. Esse é o caso de Kali Uchis, a única cantora colombiana e, tirando os brasileiros, a única sul-americana que se apresentará no Lollapalooza 2020. A banda The Hu, de heavy metal folclórico, é proveniente da Mongólia e única representante da Ásia. O grupo de música eletrônica Goldfish é composto por Dominic Peters e David Poole. A dupla sul-africana representará a África no evento.
ESQUINAS falou com Goldfish e a dupla diz amar vir ao Brasil principalmente pelos brasileiros, que, de acordo com eles, são incríveis. “Sempre querem aproveitar e festejar a noite toda”. Para eles, a melhor parte de viajar para diferentes partes do mundo é poder experienciar novas culturas e músicas com as quais não teriam contato. O mesmo se dá para os fãs, que têm a oportunidade de ouvir músicas de outros países no “quintal de casa”. Peters e Poole acreditam que o Lollapalooza é um festival maravilhoso por trazer diferentes atrações à cidade de São Paulo em um único final de semana e possibilitar aos fãs uma experiência verdadeiramente global.
Concordando com Goldfish, a estudante Larissa Basilio, aficionada pelo festival, diz achar a possibilidade de ver músicos de todos os cantos do mundo em um só evento muito interessante: “A gente consegue ter uma miscelânea de artistas e consequentemente de culturas e de pessoas num mesmo lugar. É uma das coisas que eu mais gosto no Lolla, eles tentam trazer um line-up que consegue conversar com uma diversidade de gêneros musicais muito bacana.” A estudante, que foi em todas as edições do evento no Brasil, tem dificuldade em escolher o melhor show que viu, mas acaba elegendo o do Arctic Monkeys de 2019. “Foi uma experiência maravilhosa, estava perto do palco, com amigos, vendo minha banda favorita”, relembra.
Suas expectativas a respeito do Lollapalooza 2020 estão altas. “Tem muita coisa que eu quero ver, então fiz uma planilha assim que saíram os horários. Quero muito ver o Idles, a energia deles é incrível e eles virão para o Brasil pela primeira vez. Quero ver o Rex Orange Country, quero muito ver o Cage The Elephant, o James Blake, que tem uma voz linda, vai ser um dos grandes shows. Quero muito ver o Brockhampton, um dos meus grupos favoritos, que são, como eles dizem, a melhor boy band desde One Direction. É a primeira vez deles no Brasil e vão tocar no palco principal antes do Travis Scott, o headliner, que, inclusive, também quero muito ver. No domingo, eu quero ver muita coisa também, a principal é o Vampire Weekend, é uma das minhas bandas favoritas, porque me remete à minha adolescência.