Já é JUCA: 30 anos de tradição dos jogos universitários - Revista Esquinas

Já é JUCA: 30 anos de tradição dos jogos universitários

Por André Albuquerque (3º ano) e Júlia Tuma (2º ano) : junho 8, 2023

Torcida vibrando durante um jogo de vôlei.

Desde 1993, o JUCA move os universitários de São Paulo, que superam seus limites e confraternizam em um final de semana de festas, jogos e perrengues

“O ano era 2019 em pleno Corpus Christi, estava deitada no meu quarto, quando escuto bateria e muitos gritos ao fundo. Olhei pela janela do quarto e vi um pessoal correndo no gramado do centro cívico de Americana e logo perguntei para os meus pais ‘vocês sabem o que está tendo?’ e a resposta foi ‘provavelmente mais um jogo universitário’. Foi assim que tive o meu primeiro contato com o JUCA. E nesse ano encerro meu ciclo de JUCA, como aluna, na mesma cidade em que tudo começou”, diz Bruna Elias, aluna de Relações Públicas da Faculdade Cásper Líbero.

É nesse clima que neste dia 8 de junho na cidade de Americana, ocorrerá a 30ª edição dos Jogos Universitários de Comunicação e Artes (JUCA). Organizado pela L.A.A.C.A (Liga Atlética Acadêmica de Comunicação e Arte), normalmente no feriado de Corpus Christi, o tão aguardado JUCA retorna para a sua 28ª edição, após dois anos de pandemia em que os jogos foram adiados.

No ano de 1993, em São Bernardo do Campo, os alunos das faculdades paulistas de comunicação e artes resolveram se juntar para criar um evento que reunisse esportes e fosse uma comemoração. Nascia então o primeiro JUCA, que se tornou palco para os atletas das principais faculdades e universidades de comunicação do Estado, assim como um ambiente de descontração e festas, se consagrou em uma tradição para os cursos que participam.

juca

Primeiro Juca.
Reprodução/Antigo blog oficial

Segundo o antigo blog do JUCA, a primeira edição do evento surgiu com sete modalidades e a Atlética Jesse Owens, da Cásper Líbero estava presente desde 1993. Ao longo do tempo, o campeonato foi mudando e algumas modalidades novas foram acrescentadas como o Rugby e o Cheerleading.

Além disso, para uma modalidade ser considerada oficial no JUCA ela deve passar dois anos como demonstração, e só então há uma votação entre as atléticas para definir sua oficialização. Mas isso não impede que haja torneios e competições diferentes em algumas edições.

Como por exemplo no JUCA de 2016, quando a marca Poker 888 que patrocinou os jogos, organizou um torneio de pôquer, contando com etapas prévias em uma plataforma online, e uma mesa presencial para a final em Sorocaba. Outra modalidade que entrou como teste foi a e-sports. Em 2023 foi realizado um torneio dos jogos League of Legends e Valorant, que podem futuramente integrar as já consagradas modalidades dos jogos.

Além dos esportes, o evento também é famoso por suas festas, sejam as das atléticas e da LIGA, quanto a festa das torcidas. A emoção de torcer pela sua faculdade e depois comemorar junto com todos é descrita pelos que já participaram do evento. O aluno e membro da torcida Aguante Rojo da Cásper Líbero, João Pedro Dantas, conta um pouco da sua vivência.

“A socialização é algo que sempre esteve presente independente das preferências. Ir para o JUCA é você estourar a sua bolha e conhecer novas perspectivas e vivências dentro da sua faculdade e de outras também.”

Dantas ainda comentou sobre a volta do evento no ano passado, após dois anos de pausa por conta da pandemia: “2022 foi totalmente diferente no quesito perfil de pessoas. Todos aproveitaram de maneira diferente, dando mais preferência para festas”. Já em 2023, a expectativa é outra, João diz que podem esperar um show da torcida.

“Não somos a torcida mais numerosa, a com a maior estrutura, mas com certeza somos a mais dedicada. Esperem muita fumaça, cartazes engraçados, sinalizador e cantoria sem parar. Estaremos o tempo todo em quadra com vocês. Troquem ideia conosco, conheçam sobre a Aguante e mais importante de tudo, vamos cantar juntos.”

Sendo o segundo ano da volta ao presencial, muitos times que estavam parados estão se preparando desde o ano passado, para fazer da Cásper Líbero pentacampeã. O estreante no futebol de campo Vinicius Crepaldi, descreve como está se sentindo para sua primeira participação como atleta.

“As expectativas são muito boas, todos sonham em ser campeão da competição. Até porque estamos esperando por esse momento o ano todo.”

Crepaldi ainda comenta sobre a importância do evento ao time.

“O JUCA é a nossa copa do mundo e desde que entrei no time, no primeiro treino já consegui entender que a competição mais importante para todos é o JUCA. O time treina durante o ano todo e se prepara para viver esses dias na competição.”

VEJA MAIS EM ESQUINAS

Quem foi Cásper Líbero? Por dentro da história do jornalista, da Fundação e da Faculdade

Jornalismo em mudança: professores analisam o futuro da profissão

Dia do Jornalista: profissionais falam sobre as possibilidades de atuação no mercado

A importância de ter ganho o JUCA ano passado trouxe um gás para os novos e velhos casperianos. Eduarda Bechelli, atleta de futsal  feminino da Cásper e ex-presidenta da Associação Atlética Acadêmica Jesse Owens da FCL, traz um comentário otimista sobre termos ganhado o JUCA 2022.

”Acredito que a importância que os jogos possuem são as amizades que a atlética nos proporciona. Não é a faculdade e a parte acadêmica que vão deixar memórias, e sim os laços que você cria. E é a atlética que te proporciona isso. Isso é a parte mais bonita de tudo e com certeza é o que nos motiva quando bate o cansaço. Saber que alguém entrou na faculdade com um sonho de viver algo no JUCA por meio de festas, eventos e jogos é recompensador. Pra mim esse é o significado do JUCA: a consagração, a celebração da amizade, dos treinos, dos jogos, da união e de todo o aprendizado nos proporciona.”

juca

Torcida durante o jogo de basquete.

Eduarda ainda comenta sobre a volta do JUCA depois de dois anos de jogos cancelados por conta da COVID-19.

”Esse JUCA se diferenciou dos outros por ter sido um campeonato movido pela paixão. Acompanhei a Cásper e os times de perto e, de todas as pessoas que estavam ali em volta, ter visto os casperianos mais antigos que acabaram a faculdade em 19/20, passando experiência aos mais novos, ingressantes em 2022 com a mesma sede de vencer, foi uma mistura de sentimentos que nos ajudou a vencer. Foram dois anos longe de tudo o que amamos na faculdade. Nossos amigos, o esporte, as festas, os encontros, tudo isso fez muita falta. Desde o período de isolamento já vínhamos fazendo o possível para não perder o ritmo. Quando saímos do isolamento, muitas pessoas fizeram acontecer e a gente ganhou o JUCA por fazer esse resgate tão bem.”

Eduarda finaliza, ”Quando eu soube que a gente tinha ganho já pelas estatísticas, fiquei até meio assustada porque eu pensei ‘o que eu vou fazer depois daqui?’ “, para essa pergunta, o Homem Pássaro tem a resposta.

VAMOS RUMO AO PENTA! JÁ É JUCA!

Editado por Mariana Ribeiro

Encontrou algum erro? Avise-nos.