NBB: o que falta para a liga conseguir conquistar o público brasileiro? - Revista Esquinas

NBB: o que falta para a liga conseguir conquistar o público brasileiro?

Por Caetano Fernandes, Enzo Marcus, Enzo Ortega, Isabela Moro, João Mubarah e Rafael Dantas : fevereiro 11, 2023

Jogo das Estrelas do NBB 2022 - Parque Olímpico da Barra. Foto: Ministério dos Esportes via Flickr

Especialistas e ex-jogadores discutem as razões para o distanciamento dos brasileiros para com a NBB e as possíveis soluções para o problema da modalidade

A NBB é a principal liga de basquete profissional do Brasil, o prêmio mais cobiçado no âmbito federal. O campeonato é regido pela Liga Nacional de Basquete (LNB), organização formada pelos clubes atuantes no esporte, e funciona sob a chancela da Confederação Brasileira de Basquete (CBB).

Apesar da relevância do prêmio da NBB para os basquetebolistas e da bagagem histórica desse esporte no Brasil — afinal, o País já conquistou cinco medalhas olímpicas e é bicampeão mundial — , o basquete ainda é pouco difundido entre a população. De acordo com Álvaro Cotta, diretor de marketing da LNB, “as pesquisas apontam que temos 30 milhões de fãs de basquete no Brasil, mas só temos um milhão de pessoas interagindo conosco nas redes sociais da NBB. Temos aí 29 milhões de pessoas que se dizem fãs de basquete e não interagem conosco”.

O sucesso da maior liga brasileira de basquete entre o público ainda é pequeno, mas tem espaço para crescer.

É bem mais família que um estádio de futebol. Então dá para curtir muito mais um programa com crianças e com familiares”, diz Wagner Guilherme, torcedor do São Paulo no Novo Basquete Brasil (NBB)

No Brasil, o basquetebol existe desde 1896, quando Augusto Shaw ensinou a prática a estudantes do Colégio Mackenzie. Dezesseis anos depois, em 1912, aconteceu o primeiro campeonato do esporte em solo brasileiro, no Rio de Janeiro. A primeira liga de fato veio em 1919, sendo vencida pelo Flamengo. Três anos mais tarde, a Seleção Brasileira de Basquete foi convocada pela primeira vez para disputar os Jogos Olímpicos Latino-Americanos.

Desde então, a história da atividade conta com uma jornada de muitos títulos entre clubes diferentes, além de diversas estrelas do esporte. A exemplo do ex-atleta Fausto Giannecchini, jogador dos anos 70, que é, até hoje, o maior campeão da história do basquete nacional, com sete títulos, juntamente com o ala Marcelinho Machado, recém-aposentado e atualmente comentarista do esporte.

Segundo Fausto, antigamente, os jogadores aprendiam muito por absorção. “Fui muito autodidata quando jogava, ligava a TV e ia ver os Estados Unidos jogar, a Iugoslávia, a União Soviética, para ver se tinha alguma coisa do jogo deles que pudesse adaptar para o meu repertório”, conta o senhor de 70 anos.

A técnica do ex-atleta funcionou. Com ele na equipe, a Seleção Brasileira foi campeã sul-americana três vezes (1973, 77 e 83). Além disso, Fausto conquistou dezesseis títulos oficiais por clubes, incluindo uma tríplice coroa — quando se ganha três torneios em uma mesma temporada — em 1975, pelo Franca.

Na época em que Fausto atuava, a competição ainda era chamada de Taça Brasil de Basquete — que viraria Campeonato Nacional de Basquete, em 1990, e, finalmente, Novo Basquete Brasil, em 2008.

Quanto a outras ligas de clubes, o Brasil também já marcou presença nas mais famosas do mundo — a NBA (EUA) e a Euroliga (Europa). No torneio americano, o mais renomado do esporte, o País já teve dezoito jogadores atuando, com nove deles jogando simultaneamente em 2015, 2016 e 2017. Já no europeu, o maior destaque foi a participação de Oscar Schmidt, considerado o maior basquetebolista brasileiro.

Oscar, inclusive, carrega consigo grande parte da história do basquete nacional. Ele é considerado o maior pontuador de todos os tempos, com 49.737 pontos — somados por seu biógrafo, Odir Cunha. Além disso, ele teve a carreira mais longeva já registrada no esporte, com 26 anos.

Schmidt, que usava a camisa 14, é parte do Hall da Fama da Federação Internacional de Basquete e nunca disputou a NBA por preferir defender a Seleção Brasileira (nos EUA, o esporte era considerado profissão e na Seleção, não, o que impossibilitava jogar por ambos). Sob a bandeira do Brasil, ele se tornou o cestinha geral das Olimpíadas, com 1.093 pontos.

Falando em Olimpíadas, a história brasileira se cruza com o torneio. O país teve representantes já na estreia da modalidade, em 1936, e tem como maior conquista masculina os bronzes em 1948, 60 e 64. Entretanto, ao longo dos anos, o Brasil se afastou da competição, ficando de fora das edições de 1976, 2000, 2004, 2008 e 2020.

O basquete brasileiro segue escrevendo sua história. O capítulo mais recente foi o encerramento da 14ª temporada da NBB, em junho de 2022. O Sesi/Franca bateu o Flamengo por três jogos a um e se sagrou campeão. Além do título disputado em quadra, chama atenção o interesse do público pelas finais. A transmissão oficial da terceira partida, feita pelo canal de YouTube da liga, alcançou um total de 165 mil visualizações — recorde do ano.

Entretanto, esse número também mostra a baixa valorização do produto nacional que pode ser conferida no Brasil. Isso porque, em comparação com o jogo quatro da final da Conferência Oeste da NBA, a audiência foi dez vezes menor: a disputa entre Golden State Warriors e Dallas Mavericks conseguiu 1,2 milhão de visualizações na transmissão da TNT Sports no YouTube.

Tal discrepância confirma o que Álvaro Cotta afirma: “A NBA é um chamariz para atrair a atenção das pessoas para o basquete, e precisamos ‘colar’ na cauda do cometa para que as pessoas conheçam a NBB. Ainda estamos no ponto das pessoas descobrirem que existe a NBB e que pode ser legal”.

Danilo Castro, ex-jogador e comentarista da NBA e da Euroliga (campeonato europeu) na BandSports, concorda com Cotta. Para ele, “há uma desconexão grande entre o público e a NBB, que é o nosso principal produto de basquete no Brasil”.

Jogo das Estrelas do NBB 2022 – Parque Olímpico da Barra.
Foto: Ministério dos Esportes via Flickr

O caso, segundo ambos, só não é pior graças à TV aberta, já que, como diz Álvaro, “mesmo com a massificação das plataformas digitais, a internet não chegou ao Brasil todo de maneira estável e barata”. Nesse sentido, como explica o mercadólogo, a parceria entre a LNB e a TV Cultura, rede pública de televisão, é fundamental para a propagação do torneio, uma vez que coloca mais pessoas em contato com o esporte.

Entretanto, mesmo que a transmissão esteja disponível a todos os públicos, ela ainda não é a desejada para a categoria. Vladir Lemos, diretor de esportes da Cultura, comenta: “A audiência vem crescendo. Ela é o que a gente gostaria que fosse? Não é. Ela reflete a história do basquete brasileiro? Não. Mas ela vem visivelmente crescendo ano a ano. TV é hábito, as pessoas têm que se acostumar [a ver o basquete na grade]”.

Vladir continua: “A grade da TV aberta é muito disputada e muito valiosa, para você ter um programa de meia hora, uma hora, isso é custoso”. Desse modo, o canal tenta maximizar o tempo de tela do programa, a fim de engajar o telespectador: “A cada jogo, a gente mostra um personagem de cada time, que conta sua história. Nossa intenção é mostrar, além do basquete, quem faz o basquete. Tentamos misturar música e comportamento nas transmissões. O basquete é cada vez mais um conjunto, é um hábito, um comportamento. É um estilo de vida, como o futebol é”.

Quanto a justificativas para o baixo interesse popular, uma delas é o desempenho da equipe nacional, que funciona sob coordenação da CBB. O diretor de marketing Álvaro Cotta explica: “Os resultados pouco expressivos da Seleção nos últimos anos nos prejudicaram demais. Com a NBB, as equipes voltaram a ter resultados interessantes (ganhando campeonatos internacionais). Esses resultados têm um potencial de expansão na comunidade menor que quando a Seleção Brasileira ganha um título, pois aí você impacta toda a população, já que é uma representação do país”.

Cotta continua: “Nosso marco estratégico é ter mais atletas como ídolos. No Brasil, o atleta, por si só, é responsável por alavancar a popularidade. Uma figura tem essa capacidade de potencializar a popularidade”. Nesse sentido, o fato de a Seleção ter ido a apenas duas das últimas seis Olimpíadas contribui para uma atual carência de ídolos — para Danilo, o Time Brasil (nome oficial da equipe brasileira que vai aos Jogos Olimpicos) pode ajudar a resolver esse problema.

Fausto Giannecchini, que fez parte de um dos ciclos mais vitoriosos da Seleção, confirma a relação proporcional entre resultado e audiência. “Eu peguei o tempo áureo. Naquela época, tinha 15 mil pessoas no Ibirapuera assistindo a torneios internacionais, tinha o Galvão Bueno narrando. Passava basquete depois da novela, no horário que hoje passa futebol.”

Além de toda a questão da televisão e dos resultados, Álvaro Cotta também aponta o esforço individual dos clubes para a popularização regional como um fator importante para a difusão da NBB. No mesmo sentido, Danilo Castro adiciona que a migração de instituições do futebol para o basquete — como Corinthians, São Paulo e Flamengo — é essencial para que a fama da liga aumente.

Uma coisa que todos os entrevistados mencionam como parte do processo de disseminação da NBB entre as diversas camadas da população é a inserção de crianças no esporte. “Sem crianças, chega uma hora que o público morre”, afirma Vladir Lemos.

A lógica estabelecida por Danilo baseia-se, por exemplo, na introdução do basquete na escola para que os pequenos possam ter maior contato e, assim, começarem a praticar desde cedo, tornando-se jogadores. Para ele, que também é dono de uma academia de basquete — a D14 — , a quantidade faz a qualidade. “Em um grupo de cem, tem que ter dois que se destacam e vão para a NBB.”

Porém, o trabalho de formação só pode ser realizado com uma maior valorização do profissional de educação física. Atualmente, a remuneração não é suficientemente alta para que haja uma maior similaridade entre o nível escolar e o federado, como explica Danilo:

O cara que trabalha com a molecada não consegue ter um emprego só, porque não é bem remunerado. Mas você lida com sonhos, como não vai se dedicar 100%? Não é bem preparado, porque precisa de muitos empregos — o sonho não vai para frente porque os profissionais não são qualificados. Isso não é uma crítica, é porque a profissão não é bem remunerada.

Álvaro segue a mesma linha de raciocínio: “É necessário capacitar os professores, porque eles não dominam o esporte e, então, não praticam nas aulas de educação física. Mas se não aumentarmos a quantidade de pessoas praticando, não vamos aumentar o mercado consumidor, nem a quantidade de jogadores capacitados, o que vai prejudicar nosso produto final”.

A prática infantil também serve para melhorar o nível técnico da liga. Enquanto o basquetebolista ainda é jovem, ele pode ser lapidado da melhor maneira, como ressalta Cotta: “Os atletas estão chegando com 18 anos com muitas deficiências técnicas e aí já é muito tarde para corrigir”.

A crítica ao modo de jogo atual pode ser, inclusive, reflexo da falta de trabalho de base no basquete brasileiro. Fausto defende que “nós ficamos um pouco robotizados, porque tínhamos muita criatividade em fazer jogadas diferentes, mas hoje todo mundo dá o mesmo drible”. Algo visto na mesma geração que sofreu com a falta de um projeto sub-20 da LNB.

Conforme relata Álvaro, no escopo da competição não está prevista uma categoria para os jogadores infanto-juvenis. O próprio mercadólogo reconhece o impacto negativo da situação: “Os trabalhos de base ainda são muito modestos e não surtiram os resultados necessários”. Contudo, foi criada, em 2011, a Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB), cujo objetivo é facilitar a transição de atletas entre 18 e 22 anos, da base para o profissional.

Entretanto, para ambos os ex-jogadores entrevistados, o problema envolvendo as crianças não pode ser resolvido apenas pelas federações de basquete. Fausto e Danilo acreditam que o Estado deve fomentar políticas públicas, pois só assim pode haver de fato uma massificação, com custos acessíveis a todas as classes sociais.

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O trabalho com os mais novos também é algo que diferencia o basquete brasileiro do americano. No norte, a cultura do esporte já está extremamente enraizada na população, com projetos práticos ainda no ensino fundamental, para que, a partir do ensino médio, haja disputas interescolares formais. Na faculdade, a atividade ganha ainda mais força.

Organizado em cinco divisões, o basquete universitário ressalta emoções do público de todas as partes dos Estados Unidos, uma vez que engloba times de costa a costa. Na primeira categoria — a NCAA (de National Collegiate Athletic Association) I — , por exemplo, há 358 equipes.

No Brasil, por outro lado, há, atualmente, apenas 22 clubes disputando a LDB, principal campeonato para os jogadores com idade similar àqueles do basquete universitário. Entre essas, doze instituições estão concentradas somente em São Paulo e no Paraná.

Essa dedicação estadunidense reflete no basquetebol profissional. A NBA, hoje, é maior que a própria Federação Internacional de Basquete (Fiba), entidade reguladora do esporte no mundo. O campeonato se tornou tão grande que seu vencedor pode se autodenominar “campeão mundial”, apesar de só ter competido contra franquias da América do Norte.

O status alcançado por aquela liga é o que leva muitos jogadores a sonharem com uma vaga na competição, a ponto de recusarem outras oportunidades. “Hoje, vemos atletas não querendo defender a Seleção, porque tem um draft [momento em que as franquias escolhem seus jogadores], tem um teste em um time da NBA”, conta Danilo.

Porém, também há aqueles que fazem o caminho inverso, retornando ao basquete brasileiro após temporadas nos EUA, como Bruno Caboclo. Em 2022, o ala/pivô de 26 anos jogava pelo São Paulo, mas, de 2014 a 2019, somou passagens por Toronto Raptors, Sacramento Kings, Memphis Grizzlies e Houston Rockets — times da NBA.

Para Álvaro Cotta, esses jogadores são essenciais para o aumento da popularidade da NBB. Porém, Danilo Castro acredita que a divulgação deles ainda é fraca, o que atrapalha o processo de difusão da liga. “Não é só o São Paulo que tem que aproveitar o Caboclo. O todo não aproveita ele. Eu só sigo basquete, eu tinha que ter uma overdose de Bruno Caboclo. O rosto dele deveria estar no metrô, onde está a massa”, defende o comentarista.

Independentemente de todas as relações possíveis entre NBA e NBB, o diretor de marketing da LNB lembra: “A gente nunca vai ter o patamar da NBA. É muito difícil competir com a elite mundial”.

O basquete brasileiro na mídia

Essa preferência pelo produto do exterior é conferida no dia a dia do fã de basquete. Mateus Vaz Mota de Souza, dono da página NBA do Povo, que soma mais de 188 mil seguidores nas redes sociais, é fã da liga desde 2010 e narra que começou “a acompanhar por vídeos no YouTube, porque, na época, era raro ter transmissão de NBA na televisão. Hoje, você tem no YouTube, TV aberta, TV fechada, Twitch etc.”

Perfil da NBA do Povo, conta sobre basquete de Mateus, no Twitter.
Foto: Reprodução / Twitter de @NBAdoPovo

“Decidi criar a página para acompanhar um pouco mais da liga, aprender mais um pouco. Então foi meio que juntar a minha vontade de acompanhar basquete e compartilhar esse conhecimento, viver um pouco e compartilhar minha vivência acompanhando NBA para uma galera que eu possa ajudar a aumentar a noção de basquete”, diz. Mateus iniciou seu projeto em 2016, um período que “tinha algumas páginas de NBA já na época, a maioria direcionada para uma franquia específica. Mas tinha pouco, hoje você tem várias”.

Apesar do forte envolvimento que ele tem com a NBA, o influencer não costuma acompanhar a NBB. “Acho que por causa do acesso. NBB era um pouco menos divulgada e NBA já era um negócio que estava em locais gigantescos, era um caminho mais prático”, ele justifica. Tal praticidade é vista até nos dias atuais. Mateus exemplifica:

“Já vi bastante gente perguntando onde comprar camisa do Corinthians, São Paulo e do Flamengo, mas é uma pergunta que eu não sei como responder, porque não sei onde comprar. Agora, por exemplo: estou na NBA House, os seguidores falam ‘mostra a NBA Store para a gente’, aí eu entro lá e mostro”.

A questão do comércio é mais um ponto que revela o afastamento entre a NBA e a NBB e entre a NBB e o público brasileiro. Atualmente, há dezoito lojas físicas da liga americana espalhadas pelo Brasil, chamadas de NBA Store. Já o torneio brasileiro não tem nenhum estabelecimento oficial próprio.

A discrepância existente entre as duas competições motivou a parceria entre elas, em 2014. O acordo entre a NBB e a NBA segue em vigor até 2028 e, segundo Cotta, é uma parceria estratégica a fim de fazer o basquete brasileiro crescer por meio de troca de informações e experiências.

Os esforços para popularizar a NBB estão gerando resultados. De acordo com uma pesquisa do Ibope/Repucom, o tempo médio de audiência da liga cresceu 25% da temporada 2017/18 para a 2018/19. E tende a aumentar com a maior participação de influenciadores digitais.

“Nós temos um trabalho próximo com vários influenciadores em que fomentamos com conteúdo, acesso e informação”, explica o diretor de marketing da LNB. “Eles são fundamentais, principalmente para atingir aquelas pessoas que ainda não foram impactadas pela NBB.”

Mateus Vaz, por sua vez, acredita que o esforço junto a celebridades poderia ser maior: “Acho que falta trazer uns influenciadores de fora do basquete para a NBB, mesclar um pouco isso. Acho que seria benéfico, não teria perigo nenhum. E também falta um pouco de fazer a informação chegar no seguidor”.

De qualquer forma, como diz Álvaro, “o aumento de popularidade depende de um conjunto de fatores”. Com a dedicação coletiva, talvez casos como o de Wagner Guilherme, que levou os filhos para ver o jogo entre São Paulo e Bauru, tornem-se cada vez mais comuns.

Editado por Nathalia Jesus

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