Debate entre candidatos ao Governo de São Paulo lota teatro da PUC-SP
Na última quarta-feira (8), aconteceu a terceira edição do Universidade vai às Urnas, que reuniu cinco dos oito candidatos ao comando do Palácio dos Bandeirantes. Eles disputarão, em outubro deste ano, o cargo de governador de São Paulo. O evento ocorreu no Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, o TUCA. Filas saiam para fora da bilheteria do teatro e houve quem não conseguiu entrar. O debate é organizado por 11 entidades estudantis de diferentes universidades da cidade, entre elas da Faculdade Cásper Líbero.
Estavam presentes Cláudio Aguiar (PMN), Luiz Marinho (PT), Marcelo Cândido (PDT), Rogério Chequer (Novo) e a única candidata, Lisete Arelaro (PSOL). Mário França, do PSB, havia confirmado a presença, mas não apareceu sob a justificativa da rebelião no Centro de Detenção Provisória de Taubaté. João Dória (PSDB) e Paulo Skaf (MDB), os mais cogitados para assumirem o cargo, não confirmaram presença com a organização do Universidade vai às Urnas.
Regiane Oliveira, repórter do El País Brasil, abriu o evento lembrando a importância da participação dos jovens, público predominante no TUCA, na política. No Brasil, são mais de sete milhões de universitários aptos a votar, sendo que 1,5 milhão são de São Paulo. Oliveira mediou a mesa de debates.
Divido em três blocos, o debate trouxe os temas diversos, assuntos polêmicos e questões seguidas de manifestações, vaias, gritos de apoio ou palavras de ordem. A jornalista mediadora conduziu de forma leve os três períodos do evento mesmo pela seriedade das pautas tratadas ali. O primeiro bloco, o mais extenso deles, tratou de segurança pública, o Serviço Único de Saúde (SUS), crise dos hospitais universitários e crise hídrica, entre outros. A rodada de perguntas consistia em uma feita pelo primeiro candidato ao segundo, sobre um assunto sorteado. O que perguntava tinha direito a um comentário, assim como o segundo, o direito à tréplica.
No segundo bloco, o mais conturbado, os candidatos tinham trinta segundos para responder em estilo pingue-pongue se eram a favor ou contra os temas, como cotas em concursos públicos, escola sem partido, caso dos agrotóxicos e presídios privatizados, que a organização havia selecionado. Por fim, o terceiro bloco refletiu temáticas levadas pelo público ali presente, como a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), representatividade e mobilidade urbana.
Para finalizar o debate, Oliveira deu a chance aos candidatos responderem em 45 segundos a pergunta “como resolver a problemática estudantil nas universidades públicas, uma vez que muitas pessoas saem sem se formar?”. Em seguida, os concorrentes ao Governo de São Paulo tiveram um minuto para dar suas considerações finais.
Já aconteceram os debates com os candidatos a Deputado Federal e Estadual em maio deste ano. As 11 entidades estudantis do Universidade vai às Urnas pretendem que as discussões entre os candidatos ao Senado aconteçam ainda em setembro.