Breaking em Paris 2024; conheça nova modalidade dos Jogos Olímpicos e suas regras - Revista Esquinas

Breaking em Paris 2024; conheça nova modalidade dos Jogos Olímpicos e suas regras

Por Rainnê Yuka e Rodrigo G. Bonini : agosto 7, 2024

O Brasil tentou, mas não teremos o Time Breaking em Paris 2024. Foto: Reprodução/Flickr

O circuito olímpico do Breaking acontece nos dias 9 e 10 de agosto, mas Paris só experimentará um pequeno pedaço da ‘cultura Hip Hop’

Durante os dias 7 e 11 de outubro de 2018, o Breaking apareceu pela primeira vez no circuito olímpico, distante da França, mas ao lado do Brasil, nos Jogos Olímpicos da Juventude, sediado em Buenos Aires. Neste ano, com a 30ª edição das Olímpiadas, a modalidade chega a Paris com a mesma intenção de seis anos atrás; atrair o público jovem.

Essa estratégia já é conhecida e não surpreende. Na última edição dos Jogos em Tokyo, o Cômite Olímpico Internacional (COI) adicionou o Skate e o Surfe com os mesmos objetivos e deu certo. As modalidades atrairam os mais novos para frente da televisão, principalmente, os brasileiros, que tiveram o privilégio de acompanhar o ouro do surfista Ítalo Ferreira e a prata da skatista Rayssa Leal.

De onde surge?

O Breaking surgiu no Bronx, em Nova York, na década de 70, com jovens afro-americanos e latino-americanos que cultuavam o gênero musical Hip Hop pelas ruas do condado norte-americano. Clive Campbell, também conhecido como Kool Herc, é um DJ jamaicano, considerado um dos fundadores da ‘cultura hip hop’ e criador do Breaking, notou durante algumas festas que músicas tocadas apenas com percussão e sem vocal atraiam o “rebolado” do público, que começava a dançar no ritmo do som. De forma a aproveitar esse momento, Kool Herc prologou a “parada”, utilizando duas cópias do mesmo disco, no fim da estação já se tinha outro pronto para rodar.

O truque do jamaicano se popularizou e a dança seguiu na mesma tocada, atigindo seu auge na década de 80 e 90 com competições, como a Battle of The Year. Hoje, o sucesso é mundial, sendo modalidade olímpica em Paris 2024 e tendo como patrocinadora em muitos campeonatos a companhia austríaca Red Bull.

Confira o Breaking reproduzido em um clipe musical.

VEJA MAIS EM ESQUINAS

O que esperar dos atletas brasileiros em Paris 2024?

Mês do hip-hop: cultura da quebrada em foco na cidade de São Paulo

ESQUINAS abre inscrições para o Podcast Papo de Esquina – Paris 2024

Regras

Os integrantes, conhecidos como B-Boy e B-Girl, realizam suas performances sozinhos e desafiando o oponente. Após a entrada, o adversário se coloca na pista e responde ao desafio, e assim, rodada por rodada – o número de confrontos fica a critério de cada campeonato. “São analisados pelos jurados os seguintes critérios: execução, técnica, fundamento, musicalidade (obrigatório), personalidade e criatividade”, destaca o professor de breaking Thomas Okoti.

Okoti pontua que o controle do evento é parcialmente do atleta, pois a escolha da música é feita pelo DJ que organiza a batalha. A modalidade também conta com outras três baterias: duplas, trios e equipes (Jams). Mas para estes Jogos Olímpicos não teremos nenhuma delas, porque o COI adicionou apenas o confronto 1×1.

Sem Brasil! O que assistir?

O Brasil tentou, mas não teremos o Time Breaking em Paris 2024. A atleta Mayara Collins, conhecida como Mini Japa, disputou a única vaga aberta e não se classificou, em suas redes sociais, a brasileira agradeceu pela oportunidade. Segundo Okoti, o país possui bons dançarinos, mas os recursos e a infraestrutura são muito limitados. Sem Brasil, o que fica para acompanhar é o B-Boy canadense Phil Wizard, que já ganhou outros campeonatos e se destaca pela sua velocidade. Já do lado das B-Girls, a favorita é a japonesa Ami Yuasa, bicampeã do BC One World Champion –  uma das principais competições do esporte.

Editado por Ronaldo Saez

Encontrou algum erro? Avise-nos.