Destaques de maio: confira os melhores filmes do mês - Revista Esquinas

Destaques de maio: confira os melhores filmes do mês

Por Brisa Sayuri Kunichiro (1º ano) e Enzo Cipriano da Costa (1º ano) : junho 3, 2023

Uma fotografia colorida e vibrante traz vida ao filme/Divulgação

O mês de maio foi marcado pela volta de grandes franquias, como o filme “Velozes e Furiosos 10”, além do retorno de “A Pequena Sereia”, um dos maiores clássicos das animações

Os filmes “Guardiões da Galáxia Vol. 3”, “O Amor Mandou Mensagem” e “2 Corações” também ganharam destaque ao longo do mês. Esquinas traz uma crítica detalhada sobre cada filme mencionado.  

VELOZES E FURIOSOS 10 

filme

O filme conta com a volta de personagens que marcaram a franquia.
Divulgação

SINOPSE 

Dom Toretto e sua família precisam lidar com o adversário mais letal que já enfrentaram. Alimentada pela vingança, uma ameaça terrível emerge das sombras do passado para destruir o mundo de Dom e todos que ele ama.

CRÍTICA

Uma das franquias mais longevas da história do cinema retorna para seu décimo filme em 2023. “Velozes e Furiosos 10” é o penúltimo capítulo da saga iniciada em 2001. Dirigido por Louis Leterrier, o longa traz, em tom de despedida, novamente seus principais personagens que marcaram a franquia, como Letty Ortiz (Michelle Rodriguez), Mia Toretto (Jordana Brewster), Roman Pearce (Tyrese Gibson), Han Lue (Sung Kang), Tej Parker (Ludacris), Jakob Toretto (John Cena) e Ramsey (Nathalie Emmanuel), além de contar com Vin Diesel retornando mais uma vez para o papel do protagonista Dominic Toretto.

Com a história final dividida em duas partes, a primeira etapa apresenta várias lembranças e conexões com os outros filmes da franquia, especialmente o 5º filme, “Operação Rio”. Este filme é utilizado para introduzir o vilão da trama atual, Dantes Reyes, interpretado por Jason Momoa, um dos destaques do filme, não apenas pela sua importância na história, mas também pela sua excelente atuação. O vilão possui características distintas e psicóticas que são transmitidas de forma muito convincente para o público pelo talento do ator.


Em relação ao roteiro, o filme segue a mesma fórmula já apresentada em seus antecessores, dessa vez um pouco mais “pé no chão” em comparação, por exemplo, ao filme anterior, no qual vemos uma cena protagonizada no espaço. Apesar disso, as tradicionais e impossíveis cenas de ação estão presentes em todo o filme, mantendo a qualidade das produções anteriores, com muitas explosões, tiroteios e manobras que desafiam a física. Em alguns momentos, o filme tenta resgatar a essência das corridas de rua apresentadas nos primeiros anos da franquia. Uma das cenas no Brasil, onde vemos um clássico racha entre os personagens, transmite muito bem essa nostalgia, que se fosse mais explorada ao longo do filme, agradaria muito mais, não só aos fãs, mas ao público em geral.

Talvez o grande erro da franquia tenha sido se prolongar demais, resultando em uma certa repetitividade ao longo dos anos. No entanto, mesmo com seus clichês, o novo filme ainda consegue funcionar muito bem no que se propõe a fazer. Para assistir a “Velozes e Furiosos”, é preciso “desligar a chave da realidade” e estar ciente de que tudo pode acontecer. E no novo filme, isso não é diferente. Se você gosta de um bom filme de ação com cenas de tirar o fôlego, definitivamente vale a pena assistir. Além disso, para os fãs da franquia, este é o momento de acompanhar os indícios do fim da trajetória de Dominic Toretto e sua família no mundo da velocidade.

Classificação Indicativa: 14 anos      

Onde assistir: Cinemas

O AMOR MANDOU MENSAGEM 

filme

Um clichê romântico, com protagonistas carismáticos.
Divulgação

SINOPSE

E se uma mensagem de texto aleatória levasse ao amor da sua vida? Lidando com a trágica perda de seu noivo, Mira Ray envia uma série de mensagens românticas para seu antigo número de celular… sem perceber que o número foi transferido para o novo telefone comercial de Rob Burns. Jornalista, Rob é cativado pela honestidade nos belos textos confessionais. Quando ele é designado para escrever um perfil da estrela Celine Dion, ele pede a ajuda dela para descobrir como conhecer Mira pessoalmente… e conquistar seu coração.

CRÍTICA 

Pouco comentado entre as principais mídias de cinema, “O Amor Mandou Mensagem” é um novo filme de comédia romântica que estreou nos cinemas em maio deste ano. Dirigido por James C. Strouse, o longa conta com Sam Heughan e Priyanka Chopra nos papéis principais e apresenta a marcante presença de Céline Dion, não apenas na trilha sonora, mas também como uma personagem atuante ao longo da trama.

Mesmo com a presença de muitos elementos clichês típicos do gênero, como uma paixão improvável e turbulências em meio a esse amor, o filme consegue transmitir tudo isso de maneira muito bem-feita. Seus protagonistas são carismáticos e possuem uma excelente química entre si, roubando as cenas quando estão juntos. Além disso, vale destacar que os personagens secundários, como Lisa Scott (Lydia West), Billy Brooks (Russell Tovey) e Suzy Ray (Sofia Barclay), são divertidos e contribuem bem para a parte cômica do filme.

Celine Dion merece um destaque à parte ao interpretar ela mesma, desempenhando o papel de “conselheira amorosa” de forma vibrante e com uma presença inegável em cena. Suas músicas, além de comporem muito bem a trilha sonora, incluindo clássicos como “All by Myself” e “It’s All Coming Back to Me Now”, bem como músicas de seu álbum recente de 2019, como “Love Again”, são utilizadas ao longo da história e contribuem para o desenvolvimento dos protagonistas.

Apesar de ter um roteiro simples, o filme não deixa pontas soltas e conta muito bem a história que se propõe a contar. É uma boa escolha para quem gosta de filmes do gênero ou está apenas buscando um filme para assistir numa noite de casal. Vale a pena conferir!

Classificação Indicativa: 12 anos       

Onde assistir: Cinemas

A PEQUENA SEREIA

filme

Halle Bailey interpreta a protagonista, Ariel.
Divulgação

SINOPSE

 No longa, live-action inspirado na animação homônima da Disney, lançada em 1989, Ariel é uma sereia fascinada pelo mundo dos humanos. Com a ajuda de Úrsula, a bruxa do mar, e pagando um alto preço, Ariel vai até a superfície, realizar seu sonho de viver em terra firme.

CRÍTICA

Uma das personagens mais famosas da Disney, a sereia Ariel, retorna para mais um live-action em 2023. O novo filme da Pequena Sereia tem Rob Marshall na direção e Halle Bailey no papel de Ariel.

O filme foi alvo de muitos ataques racistas antes mesmo de seu lançamento, devido à escolha da atriz principal. Em relação à atuação, é possível destacar alguns pontos que deixaram a desejar durante o filme. Talvez devido ao excesso de maquiagem e ao uso de CGI em muitas cenas, houve uma falta de expressões em várias ocasiões. Por outro lado, nas cenas musicais, a atriz rouba a cena com seu timbre de voz impressionante, proporcionando um show com as músicas clássicas da animação.

Mais um ponto negativo na atuação está no outro protagonista, o Príncipe Eric (interpretado por Jonah Hauer-King), que em muitos momentos carece de expressividade e proporciona diversas cenas “sem sal”. Além disso, por mais que o filme siga os mesmos caminhos do longa dos anos 80, com cenas idênticas às da animação original, há outras cenas que parecem estar ali apenas para preencher o filme, o que resulta em uma duração um pouco maior. Com 2 horas e 15 minutos de duração, o filme acaba se tornando, em certos momentos, cansativo, especialmente para o público infantil, que é o principal alvo.


Outras questões técnicas possuem pontos positivos. A fotografia do filme é muito bem feita, somos transportados para um fundo do mar vivo e repleto de detalhes, com cores saturadas que transmitem a sensação de um lugar realmente cheio de vida. As transições entre as cenas são um pequeno detalhe, mas que merecem atenção. São criativas e utilizam o movimento para criar uma ideia de maior continuidade entre as cenas. Por fim, a trilha sonora é impecável, com músicas que emocionam e nos transportam juntamente com Ariel ao fundo do mar.

De maneira geral, “A Pequena Sereia” é um filme ok, com alguns pontos negativos que podem se tornar perceptíveis ao analisá-lo mais profundamente. No entanto, é importante lembrar que é um filme direcionado ao público infantil, que provavelmente não se importará muito com a atuação ou com um conteúdo mais elaborado. Dessa forma, é um bom filme para assistir em família ou para aqueles que não se preocupam tanto com aspectos técnicos.

Classificação indicativa: Livre           

Onde assistir: Cinemas

GUARDIÕES DA GALÁXIA VOL. 3

filme

O grupo de heróis se une para uma última batalha.
Divulgação

SINOPSE 

Peter Quill deve reunir sua equipe para defender o universo e proteger um dos seus. Se a missão não for totalmente bem-sucedida, isso pode levar ao fim dos Guardiões.

CRÍTICA

“Guardiões da Galáxia Vol. 3 retorna para consagrar o fim do ciclo do grupo de heróis principais. Assim como o seu diretor, James Gunn, que tem o seu último projeto realizado após a sua decisão de sair para o universo DC.

A história principal é uma mistura muito bem feita entre passado e presente, tendo a história de Rocket como o arco principal. Esse contraste temporal é o que dá o ritmo certo ao filme, mesclando piadas e momentos diversos típicos da franquia com momentos mais sérios e sombrios que pertencem ao passado de Rocket.

Outro ponto positivo está no vilão Alto Revolucionário (Chukwudi Iwuji), que brilha no papel e convence com sua psicopatia e busca incontrolável por poder. Ele transmite a sensação de um personagem ao qual realmente se deve temer.


Após algumas produções anteriores serem alvo de críticas em relação à qualidade de seu CGI, Guardiões Vol 3 retorna com alta qualidade presente em suas grandes produções. O filme apresenta uma bela fotografia, com cenas detalhadas, vivas e vibrantes. As cenas de ação são bem feitas e coreografadas. Além disso, há um grande uso de recursos de câmera nas filmagens, que nos transmitem a sensação de movimento e nos envolvem nas cenas. Outro recurso muito bem utilizado é a câmera lenta, escolhida em certos momentos de batalha para dar maior destaque a diversos personagens.

O filme fecha a trilogia construída por James Gunn desde 2014 de maneira excelente. É uma ótima opção para quem gosta de ação, especialmente para os fãs da franquia e do universo Marvel. Os fãs certamente ficarão emocionados em várias ocasiões e terão aquela sensação apertada de que um ciclo chegou ao fim. Apesar disso, um dos pós-créditos indica que, embora de forma diferente, ainda há um caminho a ser seguido. Não perca tempo e vá conferir!

Classificação indicativa: 14 anos           

Onde assistir: Cinemas

VEJA MAIS EM ESQUINAS

Confira 5 trilogias que marcaram o mundo do cinemas

Cinemas de rua: um retrato da resistência

“O Pagador de Promessas” e mais: conheça os filmes brasileiros prestigiados em Cannes

2 CORAÇÕES    

filme

Jacob Elordi e Tiera Skovbye interpretam os protagonistas.
Divulgação

SINOPSE 

Um jovem universitário se apaixona perdidamente por uma colega de classe. Em outro lugar, um exilado cubano e uma comissária de bordo encontram o amor.

CRÍTICA

 Uma produção de 2020, “2 Corações”, que chegou em maio ao streaming da Netflix, tocou os corações daqueles que o assistiram. O filme retrata a história de dois amores e duas vidas paralelas que eventualmente se cruzam, criando um enredo envolvente.

 O filme é permeado por um romance clichê e padrão das telas de cinema, porém, consegue cativar com sua delicadeza e apreciável narrativa. Além disso, a atuação dos atores principais (Jacob Elordi, Adan Canto, Radha Mitchell e Tiera Skovbye) merece destaque, pois eles conseguem transmitir de forma convincente o amor que nasce, cresce e se consolida, aproximando-nos dos sentimentos que eles têm um pelo outro.


Baseado em fatos reais, “2 Corações” consegue emocionar à medida que os anos vão passando, mantendo o público envolvido na trama. O filme, no entanto, surpreende no final ao quebrar nossas expectativas, apresentando um desfecho inesperado que nos impacta profundamente.

Além de sua trama romântica, o longa-metragem transmite uma mensagem poderosa, abordando a importância de expressarmos nosso amor por alguém enquanto ainda temos tempo e destacando o impacto transformador que a doação de órgãos pode ter na vida das pessoas.

Por fim, “2 Corações” é um filme extremamente emocionante e reconfortante de se assistir. A maneira como ele envolve o espectador transmite uma sensação de acolhimento e conforto, como se estivéssemos recebendo um caloroso abraço ao acompanhar a história.

Classificação indicativa: 12 anos            

Onde assistir: Netflix

Editado por Mariana Ribeiro

Encontrou algum erro? Avise-nos.