Sucesso de público, o Festival Cena reúne diferentes gerações e promove visibilidade para o universo do rap e do trap nacional
Realizada nos dias 17, 18 e 19 de junho, a segunda edição do festival Cena reuniu mais de 100 mil pessoas no Sambódromo do Anhembi, e proporcionou grandes atrações e momentos marcantes nos três palcos montados para os fãs de rap e trap. Com números positivos nas duas edições, o evento contribui ativamente para o crescimento dos gêneros e da cultura no país.
O estudante Leonardo Santos, 16, esteve presente nos três dias do festival e revela que o que mais chama a atenção no Cena é junção do público de diferentes idades: “Foi incrível como eles conseguiram trazer a juventude e os mais velhos no mundo do rap e do trap para o mesmo espaço, como por exemplo o Kyan e o Racionais Mc’s.”
Como destaca Leonardo, a variação etária é um aspecto importante para o fomento a cultura do hip-hop, principalmente no Brasil, onde ela ainda é marginalizada. Esse fator pôde ser observado tanto no público quanto em cima dos palcos do Cena, onde diversos artistas em início de carreira tiveram a oportunidade de dividir apresentações com nomes já consagrados na música contemporânea.
Um exemplo da importância e da visibilidade que o evento possui foi o que aconteceu com o cantor Kyan, que ganhou mais de 20 mil seguidores no Instagram após sua apresentação no Cena.
“Tive a sensação que ele (Djonga), Filipe Ret e outros artistas estavam preparados para fazer o melhor show da vida deles e dar tudo de si no palco.”, conta Roberto Fugita, presente nos dois shows.
Destaques da Cena
Nos três dias de festival, os artistas utilizaram os palcos para promoverem o rap e o trap do país, por meio de grandes apresentações que contagiaram o público presente no Anhembi. No palco principal denominado “Mundo Cena”, o cantor Djonga trouxe muitas surpresas e momentos de tirar o fôlego.
Veja mais em ESQUINAS
Rappers consolidados, MC Alves e Nauí contam como batalhas de rap foram ponto de partida da carreira
Inovação na educação: Professor de história traduz conteúdos com rap no TikTok
A apresentação do rapper foi além de um simples show, e a performance contou com coreografias ensaiadas da músicas, dançadas por bailarinos, além de troca de roupas dos dançarinos e do cantor. O momento mais marcante da performance se deu quando Djonga cantou a música “Olho de Tigre”, na qual a letra serve como forma de protesto contra atos racistas, com a frase “Fogo nos racistas”, para ilustrar o verso da letra o guitarrista da banda quebrou a guitarra no chão do palco e logo em seguida um homem entrou no palco em chamas, causando grande surpresa para todos os presentes e reforçando a crença de que, estar no Cena é uma grande oportunidade para mostrar seu trabalho e os valores pelo qual luta.
View this post on Instagram
“Para mim é indescritível o sentimento de estar presente em um evento tão importante para a história do Rap e trap como o Cena é. Com certeza estarei presente no ano que vem e nas próximas edições.”, comenta Leonardo.