O novo treinador da Seleção Brasileira Feminina criou uma hegemonia com o Corinthians, agora o desafio triplicou com a canarinho
O Brasil Feminino completou cinco partidas com Arthur Elias, somando três vitórias e duas derrotas. A performance gerou expectativa na torcida brasileira, que já enxerga uma melhora significativa em comparação ao futebol apresentado na Copa do Mundo deste ano.
Antigo Brasil
Após a Copa do Mundo de 2023, a CBF demitiu a sueca Pia Sundhage, que chegou com altas expectativas, após seu sucesso com a Seleção Estadunidense Feminina e bons desempenhos na Seleção Sueca Feminina. Entretanto, os resultados não aconteceram no comando de Sundhage.
Pia Sundhage, técnica da seleção brasileira feminina.
Foto: Thais Magalhães/CBF
No período em que esteve no Brasil, a treindora não conquistou nenhuma medalha durante os Jogos Olímpicos de Tóquio e amargou uma eliminação precoce na fase de grupos da Copa do Mundo 2023. Após 4 anos no comando da seleção, conquistando apenas um torneio amistoso em 2021 e a Copa América 2022. A entidade preferiu pela saída da treinadora e focou no mercado nacional.
De cara nova
Em meio ao momento turbulento que vivia a seleção brasileira feminina, um outro time fazia sucesso nacional e internacional: o Corinthians Feminino. A equipe comandada por Arthur Elias encabeçava vitória atrás de vitória em busca de realizar uma das melhores temporadas do clube. No fim deste ano, o Corinthians conquistou todos os títulos que disputou: Supercopa, Brasileirão, Libertadores e Campeonato Paulista. Um recorde para as meninas do Timão. E lembra do foco da CBF?
No fim deste ano, o Corinthians conquistou todos os títulos que disputou: Supercopa, Brasileirão, Libertadores e Campeonato Paulista.
Foto: Nayra Halm/CBF
No dia 1° de setembro de 2023, Arthur Elias foi anunciado pela entidade com um contrato de quatro anos. Na sua primeira convocação, já trouxe novidades, tendo como principal destaque a atacante Cristiane, deixada de fora por Sundhage na última Copa do Mundo. Além de barrar a goleira Bárbara, uma das lideranças da antiga geração.
Nova identidade?
Os dois primeiros jogos como treinador do Brasil, foram contra o Canadá, atual medalhista olímpico de ouro. O Brasil venceu a primeira partida por 1×0 e perdeu a segunda por 2×0. Porém, a performance da equipe já surpreendeu grande parte da torcida. Nos dois jogos, a seleção teve maior posse de bola e demonstrou organização em campo, algo não visto durante a última Copa do Mundo.
Após os confrontos contra a seleção canadense, o Brasil enfrentou duas vezes o Japão e uma a Nicarágua. A primeira partida contra os japoneses ficou marcada pelo retorno de Arthur Elias a Neo Química Arena, estádio do Corinthians. O jogo passou por algumas viradas e terminou em vitória da seleção brasileira pelo placar de 4×3, a atacante Priscilla marcou nos acréscimos. Já o segundo jogo contra o Japão terminou em derrota para o Brasil, pelo placar de 2×0. No último confronto do período, a seleção brasileira ganhou da Nicarágua por 4×0.
Arthur Elias comanda treinos na Granja Comary em setembro.
Foto: Fabio Souza/CBF
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Expectativa das atletas
No último domingo (10), durante a cerimônia do 20º Troféu Mesa Redonda, Tamires, lateral esquerda do Brasil e do Corinthians, comentou sobre a chegada de Arthur Elias na seleção: “A expectativa é muito alta. O Arthur tem um histórico vencedor”. O primeiro desafio do novo treinador são os Jogos Olímpicos, a seleção brasileira já está classificada para os Jogos de Paris por conta do título da Copa América 2022.
“Acho que ele vai implementar esse espírito [vencedor] que já vem desde o Centro Olímpico e Corinthians. O desafio é maior pela questão do tempo, onde na seleção, a comissão tem pouco contato direto com as jogadoras, diferentemente do que ocorre nos clubes. Mas o Arthur e a sua comissão são muito inteligentes e sabem lidar com o futebol feminino”, completou a lateral esquerda.
Tamires, lateral esquerda do Brasil e do Corinthians, durante o 20º Troféu Mesa Redonda.
Foto: Ronaldo Saez/Esquinas
Confira os ganhadores do 20º Troféu Mesa Redonda
Goleiro: Everson (Atlético Mineiro)
Lateral Direito: Rafinha (São Paulo)
Zagueiros: Lucas Beraldo (São Paulo) e Murilo (Palmeiras)
Lateral Esquerdo: Joaquín Piquerez (Palmeiras)
Meio Campistas: Lucas Moura (São Paulo); Raphael Veiga (Palmeiras); Tchê Tchê (Botafogo) e Mathías Villasanti (Grêmio)
Atacantes: Endrick (Palmeiras) e Luis Suárez (Grêmio)
Treinador: Dorival Jr. (São Paulo)
Melhor Jogador: Luis Suárez (Grêmio)
Revelação: Gabriel Moscardo (Corinthians)