Mauro Beting: três em um - Revista Esquinas

Mauro Beting: três em um

Por Arthur Viana, Caio Innocencio, Fernando Keller, Lucas Passoli e Lucas Vito : agosto 3, 2023

Mauro Beting é um dos jornalistas esportivos mais renomados de sua geração. Foto: Acervo/Mauro Beting

“Primeiro sou palmeirense, depois sou Mauro Beting e só depois eu sou jornalista”

Foi assim que Mauro Beting definiu a si mesmo. Comentarista, escritor, roteirista e apresentador, Mauro viveu de tudo um pouco até se tornar referência no jornalismo, não apenas esportivo, que hoje é.

 O Mauro 

Mauro conversou conosco dentro de um táxi, saindo de uma palestra ministrada na ESPM, enquanto usava o celular para falar com a esposa via mensagens de texto. Com poucos minutos de conversa foi possível entender a figura de Mauro que nos fora pintada por pessoas ligadas a ele. “Atrapalhado e brincalhão”, foi como seu amigo de profissão André Henning o definiu. Já seu primo, Erich Beting, disse que ele era ocupado, mas sempre arrumava tempo para conseguir ajudar.

Erich também contou que Mauro foi sua grande inspiração para que seguisse na carreira de jornalista esportivo. Um Mauro Beting mais jovem, com cerca de 26 anos, andava com seu primo, 13 anos mais novo, por todos os lados, fazendo algo que é frequente até nos dias de hoje: envolver a família em seu trabalho.

Mauro foi uma espécie de mentor para Erich. Ambos iam a partidas como América de Natal x Guarani e, enquanto Mauro fazia as transmissões, seu primo apenas se aproveitava do privilégio que era aprender de perto com um dos maiores da área. Enquanto Mauro falava sobre o que acontecia dentro de campo, ele não percebia, mas tinha um espectador que o assistia extasiado e sonhando com o dia em que poderia ser como ele.

Hoje, Erich é chamado por todos de “Shrek”, graças a mais uma das peripécias de Mauro, que escutou seu filho, Gabriel, chamar o tio desta forma quando ainda não tinha total domínio da fala. O som de “tio Erich” soou como “Shrek”. Foi o suficiente para que Mauro atribuísse o apelido ao primo, que cita a criação de apelidos como uma das principais manias dele. Provavelmente, a primeira coisa que Mauro fará com alguém com quem for começar a conviver é encontrar um apelido. Um bom apelido, do tipo que ficará para sempre atrelado à imagem desta pessoa.

Uma pessoa simples

Embora Mauro possa ser visto como um ídolo e seja endeusado por muitos, ele é “gente como a gente”. Viciado em café fã de padarias, não é adepto aos esportes. Algo contraditório para alguém que trabalha com futebol, mas academia não é com ele. Silvana, sua esposa, gostaria que fizesse mais exercícios. “Pela questão da idade, não consigo jogar futebol; por uma questão de preguiça, faço menos esporte do que eu deveria, mas estou fazendo pela hérnia de disco que tive que operar no ano passado”, diz Mauro. A esposa o descreve como a pessoa mais leve que conhece. Afirma que Mauro nunca está de mau humor. Os únicos apontamentos negativos feitos ao marido em mais de 20 minutos de entrevista foram que ele não gosta muito de receber críticas (até aí, quem gosta?) e que não planeja o futuro de forma muito metódica. Silvana quer construir coisas com Mauro, enquanto ele “deixa a vida o levar”.

Aos domingos, sempre rola pizza. E é Mauro quem faz. Gosta de estar rodeado de pessoas, seja família, amigos, agregados etc. Pouco adepto à rotina, Mauro não gosta de almoçar e jantar no mesmo ambiente. Também varia os locais de trabalho em casa entre a piscina, o sofá ou a mesa externa. Sempre que possível, tira breves cochilos enquanto trabalha. Uma das poucas coisas que Mauro faz diariamente, diz Silvana, é levar o filho Gabriel ao estágio na Rádio Bandeirantes, pela manhã.

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Mauro Beting e a sua famosa pizza de domingo.
Foto: Acervo/Mauro Beting

Aliás, ajudar as pessoas é algo muito forte na personalidade de Mauro. Seja para buscar a enteada Manuela às onze horas da noite, seja com os parceiros de serviço. O próprio André conta que Mauro é o tipo de colega de trabalho que faz você se sentir confortável naturalmente. Sem contar que ele também sempre passa ensinamentos, mesmo sem perceber. Mauro pode ser muito crítico, mas ele também é conhecedor. Tem a vivência que poucos têm. É ele quem dá os toques que fazem o colega melhorar, mesmo que seja fora da sua especialidade, como com André, que é narrador e diz que aprendeu muito com Mauro. A prestatividade que ele possui por natureza ajuda todos em sua volta, e ele ama fazer isso.

Outra coisa que ama são animais. Atualmente, tem duas cachorras, uma Pastora-de-shetland – a Tofi – e uma Corgi, chamada Brisa. A tartaruga, que costumava viver na casa do casal, agora está na fazenda, em Presidente Prudente. Seu nome é Cascudinha.

História de cinema

A relação entre Mauro e Silvana é um clássico roteiro de filmes de romance. Os dois se conheceram ainda na adolescência, quando estudavam no Colégio Dante Alighieri. As classes eram divididas entre meninos e meninas, mas depois da primeira vez que eles conversaram em um intervalo, Mauro estava sempre na sala das meninas para ver Silvana. A vida os separou por um tempo. Ambos seguiram seus caminhos, se casaram, ficaram solteiros novamente e se reencontraram por acaso, em um bar. Estão casados há 10 anos.

Mauro e Silvana Beting estão casados há 10 anos.
Foto: Acervo/Mauro Beting

Erich conta uma história de 2014 que define o sentimento do casal. O dia em que eles foram de carro até o Rio de Janeiro para transmitir a final da Copa do Mundo. Mauro é conhecido por ser estabanado, sempre derrubando as coisas ao seu redor. Quando eles estavam prestes a sair e começar a viagem, Silvana saiu do carro para ver algo que Mauro pediu e derrubou vários pertences no chão, alguns caíram em um bueiro, roupas ficaram molhadas. Erich já havia notado que existia algo especial ali pela semelhança entre os dois. Mais tarde, já no Rio de Janeiro, Mauro estava incrivelmente animado com o fato de que ia transmitir a final da Copa do Mundo. “Parecia criança”, disse Erich. Silvana, então, ofereceu fazer um café com leite para ele, algo que a mãe de Mauro, Lucila Beting, sempre fazia para ele depois de um longo dia. Erich entendeu ali que seu primo tinha enfim encontrado a alma gêmea dele.

O jornalista 

O jornalista Mauro Beting – é importante que se faça essa distinção, visto que suas três “personalidades” se fundem no produto final – diz que uma de suas maiores dificuldades é ter um tempo em que não esteja praticando a profissão. Famoso por trabalhar em diversos veículos ao mesmo tempo, considera seu trabalho desgastante, lhe custando inclusive um casamento, mas a paixão o ajuda.

Mauro gosta de novas experiências. “Se eu nunca fiz cinema, quero fazer, se eu nunca fiz exposição, quero fazer, nunca fiz comentário de videogame, faço.” E fez. Mauro até hoje já dirigiu e roteirizou três filmes, como 12 de Junho de 1993 – O Dia da Paixão Palmeirense e 1999 – A Conquista da América. Também fez a curadoria do Museu da Seleção Brasileira e é um dos curadores do Museu Pelé. Desde 2010 é a voz comentarista do jogo de videogame Pro Evolution Soccer. Esses são só alguns dos exemplos de pioneirismo do jornalista Mauro. “Tem muitas coisas que sou pioneiro ou sou o único no que faço.”

A primeira passada de olhos pode-se pensar então que Mauro não aguenta mais tanto trabalho, mas ele trata de rechaçar essa ideia. “Sempre falo que sou um ‘worklover’, não um ‘workaholic’, porque sou alucinado pelo que faço”. Silvana usa a mesma expressão ao falar sobre a ocupação do marido. “Eu nunca vi alguém gostar tanto do que faz que nem ele”. Até André, que compartilha da mesma profissão, se assusta com a multifuncionalidade de Mauro. “Ele faz 200 coisas ao mesmo tempo. Ele está mandando um áudio para uma entrevista para uma rádio da Itália; ele está entrando no ar na Jovem Pan; ele está comentando um jogo; e escrevendo um livro”.

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Joelmir e Mauro Beting na redação da Band.
Foto: Acervo/Mauro Beting

Mauro conseguiu fazer o que ama, com quem ama, em diversos momentos, seja com seu primo em coberturas de Copas do Mundo na Alemanha em 2006 e na África do Sul em 2010, ou com seu pai, o jornalista de economia, Joelmir Beting, em um programa apresentado pelos dois, chamado Beting & Beting, algo que considera uma de suas maiores conquistas.  Por isso, ele se sente privilegiado em ter realizado esses sonhos.

 Mauro não usa de falsa modéstia para falar sobre a qualidade dos três jornalistas da família Beting. Tanto ele, quanto seu pai e seu primo são vencedores do Prêmio Comunique-se. Está no sangue. Joelmir, o pai, já se foi. “Jô”, como ainda é carinhosamente chamado pela família, foi a pessoa que teve mais influência na pessoa e no profissional Mauro Beting. A leveza, o compromisso e, principalmente, a generosidade que qualquer pessoa próxima dele cita, eram pontos focais da personalidade de Joelmir que foram passadas para Mauro.

Mauro também trouxe vários colegas de profissão e ídolos para seu enorme grupo de amigos, como José Silvério, Luciano do Valle, André Henning, Sergio Patrick, entre outros. Talvez toda essa leveza e generosidade seja o ímã de Mauro Beting para atrair as pessoas que passam pela sua vida profissional, onde muitas das vezes os egos impedem esse tipo de relação, ainda mais no ramo do jornalismo. ”Minha maior virtude é minha versatilidade profissional”.

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Joelmir Beting recebendo um beijo de seu filho Mauro
Foto: Acervo/Mauro Beting

Mauro, inclusive, busca se parecer com seu pai. Onze anos após sua morte, Jô é até hoje a maior inspiração da vida de Mauro, que se refere ao pai como um mentor, um modelo e algo inatingível por sua excelência profissional e pessoal. “Ele era foda.”

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Admirado pelos colegas 

O jeito Joelmir de ser que Mauro herdou de seu pai lhe rendeu amizades por todo lugar que passou. Maurício Noriega – outro amigo de profissão – e André Henning foram precisos ao dizer que não deve haver pessoas que não gostem de Mauro, e André ainda completa que caso exista tal “hater”, deve estar de muito mal com a vida.

André, que conhece Mauro desde 1997, se alegra ao dizer que sua primeira grande transmissão na televisão foi com Mauro, em 2006, pelo falecido Esporte Interativo. André revela que o esquecimento e a confusão de Mauro também o acompanham no âmbito profissional. Por diversas vezes, ele foi trabalhar em dias em que não estava na escala. Mas, sempre levando equívocos como esse com bom humor. As viagens, muitas vezes comuns para jornalistas esportivos, são o auge do humor do Mauro, segundo André. Com boas histórias e piadas rápidas e inteligentes, a essência dele não se perde, independente da situação.

Maurício, por outro lado, não trabalhou diretamente com Mauro por muito tempo. Apenas no início das carreiras de ambos, na redação do jornal Folha da Tarde, por volta de 1989. Maurício era da editoria Internacional e Mauro escrevia sobre Economia e Música, até que os dois foram transferidos para o Esporte e lá se iniciou uma grande amizade.

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André Henning e Mauro Beting em transmissão pelo Esporte Interativo. Foto: Acervo/Mauro Beting
Foto: Acervo/Mauro Beting

Maurício faz questão de deixar clara a sua admiração pelo amigo na vida profissional e pessoal. Ele destaca aspectos do Mauro jornalista, como a habilidade de transformar um cotidiano em crônica com sua escrita fora do comum e a capacidade de encontrar e juntar dados extremamente precisos, ainda mais no começo dos anos 90, onde não existiam bancos de dados enormes como hoje. Já no âmbito pessoal, a facilidade para fazer amizades e a vontade de fazer pessoas se aproximarem o intrigam. Maurício conta uma influência que Mauro teve nele que talvez nem Mauro saiba: o costume de consumir revistas sobre música.

Foi de Maurício que ouvimos o relato que mais se aproximou de um conflito, mas que também já é exagero caracterizá-lo como tal. Na pelada da Folha da Tarde, Mauro era goleiro – de acordo com Noriega, um bom goleiro – e Maurício era centroavante. Em uma ocasião, Maurício ficou bravo durante o jogo e recebeu um sermão de seu amigo ali mesmo. Não houve briga e a situação não escalou. Só mostra a capacidade que Mauro tem de lidar com pessoas no dia a dia, tanto que o próprio Maurício reconhece que errou naquele momento.

A convivência entre os dois não é tão frequente, afinal, eles não trabalham juntos há décadas.  Os encontros que eles tiveram durante suas carreiras foram majoritariamente em Copas do Mundo, onde as emissoras de cada um estavam no mesmo lugar. Coisas das rotinas malucas de jornalistas esportivos. No entanto, nas palavras de Noriega:

“A amizade segue firme e forte […] tenho uma admiração profissional pelo Mauro e um carinho muito grande pelo ser humano.”

O palmeirense 

Para falarmos de Mauro, precisamos falar sobre o Palmeiras. Seu pai assumiu a torcida em um momento no qual o clube passava por uma fila de 16 anos sem vencer um título sequer. Tempos difíceis que perduraram de 1976 até 1993, com a sina quebrada na vitória do Campeonato Paulista sobre o Corinthians.

“Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense, é simplesmente impossível!” Esta famosa frase de Joelmir, tão replicada que sua origem se tornou até incerta, marca até hoje a torcida palmeirense. Frase esta que está estampada até na capinha do celular de Mauro.

Noriega lembrou uma ocasião em que estava acompanhando uma partida do Palmeiras com Mauro. Palmeiras x Corinthians, em 2000, no Estádio do Morumbi, semifinal da Libertadores. Em razão de uma manutenção nos camarotes, todos ficaram nas arquibancadas, atrás da torcida corinthiana. O Palmeiras abriu o placar com gol de Euller e Noriega diz lembrar de olhar para o lado e ver Mauro pulando e abraçando alguns palmeirenses em volta. Com um detalhe: usando uma máscara de Mister M, o mágico.

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Mauro Beting não esconde seu amor pelo Palmeiras.
Foto: Acervo/Mauro Beting

Mauro foi forçado a ir embora por causa da antipatia que ia se gerando em torno de sua mascarada figura no estádio, mas em sua cabeça a única coisa que importava era conseguir acompanhar o final da partida. Foi de táxi até sua casa e chegou a tempo de acompanhar a defesa do último pênalti e a classificação do Palmeiras para a final. Gabriel tinha apenas 1 ano na ocasião e  Mauro o acordou e começou a chacoalhá-lo de modo que somente um palmeirense poderia explicar. Quando ouviu o choro da criança, teve certeza que um dia ele iria agradecê-lo por tê-lo feito chorar naquele dia.

Em seu grupo de Whatsapp com Erich e um outro primo, Calabar, ainda debatem sobre assuntos que normalmente convergem no Palmeiras, mas há anos não acompanham juntos uma partida do time. Ossos do ofício.

Nunca fui santo 

Outro grande momento na vida do palmeirense Mauro, que o jornalista Mauro proporcionou, foi a oportunidade de escrever a biografia de um dos maiores ídolos do clube, o goleiro Marcos. Segundo o próprio Mauro, as duas pessoas que o melhor defenderam foram o pai, na vida, e o Marcos, no Palmeiras.

A ideia surgiu de uma conversa com o goleiro, dessas que o Mauro tem com todo mundo, descontraídas e cheias de leveza. Quatro anos depois, com o ídolo aposentado, a ideia saiu do papel. Mauro escreveu diversas legendas para os relatos do livro, pois o próprio Marcão, como os amigos o chamam, não lembra de todas as histórias com nitidez, como lembra a máquina Mauro de dados do Palmeiras.

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Mauro Beting e Marcos no lançamento do livro “Nunca Fui Santo”.
Foto: Acervo/Mauro Beting

Ele até brinca que talvez esse seja o primeiro dos seus 22 livros que é de ficção, pois não teve nenhuma entrevista formal com Marcos. O prefácio do livro foi assinado por Joelmir, porém ele já não tinha condições de escrever, mas Mauro escreveu em seu lugar. O pai concordou pela devoção e paixão do Marcão pelo Palmeiras. O lançamento do livro parou o Shopping Eldorado, das seis e quinze da tarde até às dez para as três da manhã. 8.500 pessoas presentes, em uma noite de terça-feira, mostra um pouco como esses dois personagens são queridos pelo público.

O rosto do verdão 

Em 2012 veio a morte do pai, que foi um baque forte para toda a família, em especial para Mauro. Seu primeiro casamento havia terminado e ele estava iniciando a relação com Silvana. Sempre foi palmeirense, não teria como não ser tendo o pai que teve, mas depois de sua morte, Mauro parece ter assumido de vez a personalidade de um jornalista palmeirense. Isso lhe rendeu, inclusive, sérias críticas de sua mãe, por ser duro demais com o Palmeiras. Mas, como ele gosta de dizer, costuma ficar “em cima do muro”, porque é de onde se pode ver melhor todos os lados de uma questão.

Outros gostos de Mauro

A música também é um dos amores de Mauro, muito abaixo do Palmeiras, é claro. Com mais de 105 mil horas escutadas no Spotify durante o ano passado, Mauro é uma figura eclética, que ouve desde música folk até Tony Bennett. Não gosta de funk, ao menos não do brasileiro, e nutre total desgosto pelo Mambo. Desgosto que descobriu ao escutar a música nos fones durante a espera para participar de um programa no YouTube da Gazeta Esportiva recentemente. Amante do rock, do jazz e de todo bom som que ouça, sua lamentação é que não escute tanto quanto já escutou a música clássica como a de Beethoven, autor da melhor obra da história da música para Mauro, a nona sinfonia.

Ele também é um grande entusiasta da gastronomia, com um gosto alucinado por sorvete. Em uma viagem a Roma, Mauro passa uma quantidade considerável de tempo em uma sorveteria chamada Giolitti, e se pudesse, ficaria lá a viagem inteira. Ele e Silvana também têm o costume de explorar cafés da manhã em padarias de São Paulo, verdadeiros “sommeliers de padaria”. É esse tipo de coisas simples que Mauro Beting aprecia no seu tempo livre e, se estiver em família, melhor ainda.

Então, quem é Mauro Beting?

Mauro Beting é uma pessoa querida por muitos e respeitada por quem não o conhece. Sinceramente, é difícil encontrar alguém que não tenha inimizades aparentes, uma personalidade pública sem comentários maldosos gratuitos em suas redes sociais. Ele é uma pessoa que preza pela simplicidade, família e amizades. Trata todos bem porque é um dos muitos valores que carrega da sua linhagem e, por isso, é alguém que as pessoas querem ter por perto.

Mauro Beting é um dos jornalistas mais influentes na atualidade. Sua capacidade de apuração, habilidade de escrita fora do normal, conhecimento em diversas áreas, prêmios que ganhou e lugares por onde passou justificam isso. Mauro trabalhou com economia, entretenimento, esporte, escreveu todo tipo de texto sobre todo tema que foi dado a ele, e sempre com maestria. Tudo isso são motivos pelos quais ele é uma verdadeira referência não só no jornalismo esportivo, mas na profissão como um espectro geral.

Por fim, Mauro Beting é uma das pessoas mais palmeirenses vivas. Um amor pelo clube que ele conseguiu conciliar com a profissão e nunca perdeu admiração de torcedores pelo Brasil por causa disso. Um amor carregado desde seu pai, o gigante Joelmir, e que só cresce dentro do Mauro todo dia.

Estas três divisões poderiam tranquilamente ser sobre três pessoas diferentes, e é justamente por isso que é tão extraordinário lembrar que elas se juntam para formar o Mauro Beting que todos conhecemos. Uma pessoa amada, um jornalista exemplar e um palmeirense de alma. Não necessariamente nesta ordem. Esse é Mauro Beting.

Editado por Mariana Ribeiro

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