Além de apenas recortes de tecidos, a moda e os variados estilos que se encontram nos cruzamentos da Av. Paulista
Com 12 milhões de habitantes, São Paulo é a cidade mais populosa do Brasil. Sendo a maior metrópole do país, também é um dos centros urbanos mais cosmopolitas e diversos da América Latina, reunindo identidades que variam desde colônias de imigrantes – italianos, japoneses, libaneses etc. – a outros grupos sociais como skatistas, rockeiros e os ditos ‘chavosos‘. Essa diversidade se manifesta em muitos aspectos da vida urbana paulista, como a moda.
A Avenida Paulista é o coração pulsante das inúmeras veias de São Paulo e uma breve caminhada por suas calçadas fornece uma amostra fidedigna dessa pluralidade. ESQUINAS rondou pelos arredores da Cásper Líbero para conhecer um pouco mais do que veste a avenida. Cada vestuário expressa uma feição do grande mosaico identitário que é a capital paulista.
Muito além do que vemos, o vestuário pode evidenciar a multiplicidade de identidades existentes na avenida. Observando em poucos metros encontramos muitos exemplos, desde Cláudio, que, apesar da idade, não abre mão dos trajes coloridos e os óculos laranja super chamativo, a Catharina, uma jovem que ama a cultura rock e sempre busca as opções que conversem com o estilo emo e de preferência sejam pretas.
Confira a galeria abaixo:
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Catharina utiliza a moda para transpassar suas inspirações culturais. Amante do rock, inspirando-se muito nos artistas e bandas que escuta, como BABYMETAL, Queen e My Chemical Romance.
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Cláudio não tem medo dos padrões de vestimenta impostos pelo estereótipo da idade avançada e se joga nas cores.
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Daniel diz não querer passar nenhuma mensagem social ou política com suas vestimentas. Ele diz gostar muito de futebol e adota o visual das camisas de time.
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Maria Edhuarda, ou Dhuda, conta que busca expressar a sua personalidade por meio de suas roupas. Segundo ela, o que chama mais atenção no seu visual são os óculos de grau: “meus óculos são grandes para parecer mais intelectual”.
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Hudvan é jovem, integrante da comunidade LGBTQIA+, negro e extremamente extrovertido. Por meio do visual, ele busca quebrar estigmas sociais “sou livre e posso usar roupas tanto femininas quanto masculinas”, diz. Sua principal referência é a cantora Liniker.
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Kelvin define seu estilo como atual e moderno. Priorizando visuais coloridos e despojados, ele dispara: “uso roupas que acho legais”.
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Letícia, que se mudou há pouco tempo para São Paulo, confessa que é na capital que ela pode expressar a sua autenticidade. Nascida em Andradina (SP), a garota diz que nunca pôde se vestir como queria no interior paulista.
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Maria Clara, apaixonada por esportes, retirou seu estilo de lá. Com foco na moda skatista, usa camisas mais largas e marcas específicas do ramo, tais como Grizzly, Element e Baw.
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Vinicius é amante de trap e usa a moda para expressar esse gosto. Suas mais inspirações são o cantor Matuê e Recayd Mob.
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Editado por Juliano Galisi e Anna Casiraghi
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