O Mestre das Xilogravuras: exposição de J. Borges chega ao Fiesp - Revista Esquinas

O Mestre das Xilogravuras: exposição de J. Borges chega ao Fiesp

Por Beatriz Failla e Nathalia Zanatta : junho 13, 2022

Ilustração ensinando a fazer uma xilogravura. Foto: Nathalia Zanatta.

A coletânea de 62 xilogravuras assinadas por Borges ficará exposta até o dia 7 de agosto, em uma exposição recheada de arte e história

Localizado na Avenida Paulista, 1313, o Centro Cultural Fiesp foi incumbido de receber as obras do intitulado mestre das xilogravuras: J. Borges. Após circular por países como China, Estados Unidos, França, Japão e Venezuela, sua exposição no Brasil fica em cartaz até dia 7 de agosto. As visitas a exposição podem ser feitas de quarta a domingo, de modo gratuito e podendo ter agendamento  antecipado. Para isso, basta acessar o Meu Sesi. 

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Mural que descreve sobre a exposição no SESI-SP.
Foto: Nathalia Zanatta

A exposição “O Mestre da Xilogravura” apresenta uma coletânea de 66 xilogravuras, sendo 62 feitas pelo próprio Borges e outras 4 assinadas por seus filhos, Pablo Borges e Bacaro Borges. As obras contam a trajetória do artista no interior de Pernambuco, com os temas “No tempo da minha infância”, “Na minha Adolescência”, “A vida na mata” e “Serviços do Campo”. Na mostra, é possível observar também uma cinebiografia, feita pelo jornalista Eduardo Homem, sobre a vida do autor e seu papel na transformação das xilogravuras.

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 José Francisco Borges iniciou sua paixão aos dez anos, comercializando colheres de pau feitas pelo mesmo na feira e começando a escrever cordéis. Aos 21, resolveu que começaria a escrever literatura de cordel, responsável também pelas ilustrações, e vendeu mais de cinco mil exemplares em dois meses. Representando o povo nordestino, o artista retrata o cotidiano do pobre, o cangaço, amor, os milagres, religiosidade e por aí vai. Pela sua temática e história, hoje possui o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco e contando com um portfólio de carreira com mais de 200 cordéis com ilustração própria. 

Como os cordéis marcaram o início da vida de J.Borges no mundo artístico, eles recebem destaque na exposição, ganhando um espaço no centro, pendurados por barbante. Ao redor, há banquinhos para quem quiser sentar e ler um folheto produzido pelo autor.

 

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Frase escrita por J.Borges ilustrada na parede da exposição.
Foto: Nathalia Zanatta.

Xilogravura é definido como a arte de gravar desenhos e escritas através de uma matriz feita de madeira. Na mostra, também é evidenciado todo o passo a passo desse processo, em que é necessário entalhar uma madeira, fazendo um relevo da imagem que se deseja produzir, ao mesmo tempo que descreve os instrumentos necessários, as técnicas e os cuidados precisos para se produzir uma arte nesse estilo.

Editado por Anna Casiraghi

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