Em festa temática de Halloween, Stúdio Metrópole enaltece o pole dance - Revista Esquinas

Em festa temática de Halloween, Stúdio Metrópole enaltece o pole dance

Por Mariana do Patrocínio, Mariana Letizio e Mariana Suzuki : novembro 1, 2022

Foto: Marien Ramos / Revista Esquinas

Exaltando o pole dance para além da sensualidade, festa de Halloween do Stúdio Metrópole reúne dança, fantasias e espetáculos

Neste sábado (29), o Studio Metrópole, localizado na Rua Bela Cintra, 409, próximo à Rua Augusta e à Avenida Paulista, realizou uma festa com temática “Freak Show”. O Studio Metrópole é o maior studio de pole dance da América Latina, com 530 metros quadrados e 26 professores. As aulas ofertadas variam nos níveis de profundidade e vão desde bases de pole até técnicas mais avançadas, como pole spin (barra giratória), exotic pole, pole fluidity, lira, tecido acrobático e flexibilidade.  

O evento “Freak” começou às 19h30, com início das apresentações às 20h30, separadas em dois blocos. O lema do espetáculo foi “Quando entrarmos por aquela pequena porta, podemos ser quem nós quisermos”. Além de diversas performances ao vivo, houve um concurso de fantasias de halloween. 

Quanto às fantasias, não faltou criatividade: Freddy Krueger, Mia Wallace, caveiras, bruxas, Pennywise, Sia, freira Valak, Cisne Negro, entre muitas outras. Houve pluralidade também nas apresentações, que incorporaram múltiplos estilos da modalidade e diferentes gêneros de música, como pole exótico, pole funk, pole acrobático, pole art, pole old school floorwork e twerk. 

Origem do pole dance 

Originado na Inglaterra em 1980, o pole dance vai muito além do aspecto de sensualidade. Trata-se, na verdade, de um esporte que trabalha a mente, autoestima, físico, coordenação motora e autoconfiança. 

“O pole mudou a minha vida. O mais incrível é ver certos movimentos, pensar que você nunca será capaz de fazer e você faz! É muito bom ver que somos capazes!”, afirma Sol, nome artístico de Rebeca Bardini, 22, aluna do Studio Metrópole e praticante do pole há dois anos. “É importante ter essa troca de quem pratica o pole dance porque ainda é um meio que sofre muito preconceito. As pessoas olham com um olhar de julgamento quando, na verdade, é só mais uma forma de se divertir e se expressar”, conclui. A pole dancer foi a segunda dançarina a se apresentar na noite, com uma coreografia repleta de movimentos, sentimento e mistério.

Durante as aulas e apresentações do Studio, os alunos podem se expressar, demonstrando sentimentos, expressões e sensualidade. “Para mim, é como se eu estivesse me libertando”, afirma Talita Rodrigues, 35, aluna há cinco anos do Studio, sobre a importância do pole dance em sua vida e dos eventos como o Freak Show. Já Maciel Lucena, 20, também aluno do local, afirma que o Studio “é um espaço seguro para sermos quem somos, não só no Halloween, em que a gente se monta, mas também nas aulas, que são uma desculpa, um pretexto, para nos arrumarmos. Então acho que eventos como esse que a gente pode se sentir seguro, acolhido, são imprescindíveis”. 

“O Studio tem muita diversidade, muita gente diferente e agora é o momento ideal de todos serem diferentes do seu jeito, juntar todo mundo e vir do jeito que se sentir à vontade”, completa Talita.

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Autoafirmação e empoderamento

Além disso, o pole dance é uma forma de empoderamento que ajuda o aspecto emocional de quem vivencia essa arte e vibração “Muito empoderamento, me sentir mais confortável comigo mesma, com meu corpo, não termos uma cobrança de performance. Para mim é uma coisa muito de encontrar com amigas, me conectar comigo mesma sem pensar em problemas. A gente faz bem para o corpo, mente e principalmente emocional”, afirma Tarsila Sato, 40, aluna do local que também se apresentou no último sábado, com performance feita em grupo.  

Marcela Artigas, 34, acrescenta afirmando que “é algo de descobrir que você é capaz, se autoafirmar, fazer bem para o corpo,cabeça, encontrar gente legal e bacana, com a mesma vibe e que apoia um ao outro. Se sentir bem, bonita e forte”, completa ela.  

Para finalizar, Lucas Linhares (30), praticante da dança há 5 meses, diz que o evento deve ser valorizado junto com o pole dance, mostrando que, muitas vezes, a sociedade estereotipa um certo tipo de dança por não se aprofundar o bastante no assunto. “Foi uma descoberta muito importante para mim e esse evento acaba mostrando para mais pessoas o que é o pole, desmistificando um pouco alguns certos preconceitos que algumas pessoas podem ter”.

Ele termina exaltando o acolhimento que o estúdio possui com os próprios alunos, “O melhor do Metrópole, é que a comunidade aqui é muito bacana. Eu já cheguei a fazer aula em outros estúdios, mas foi aqui que encontrei a comunidade que mais acolhe, que mais abraça. Você tem aulas mais divertidas, em que todo mundo se conhece (…) Para mim, foi um espaço bem empoderador, na questão de segurança com a minha identidade, meu corpo e com quem eu sou”. 

Editado por Juliano Galisi

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