50 Anos de GP no Brasil: exposição em memória da F1 fica no Ibira até domingo - Revista Esquinas

50 Anos de GP no Brasil: exposição em memória da F1 fica no Ibira até domingo

Por Flavio Z. Ferrari, Gabriel Grandi, Leonardo Medina e Pedro Krug : novembro 17, 2022

Capacetes de pilotos que fizeram história na categoria são expostos no salão. Foto: PAULO GUERETA / SECOM

Relembrando as 5 décadas de F1 no Brasil, exposição está na Oca do Ibirapuera até este domingo, 20; confira programação e atrações do evento

A exposição 50 Anos de GP no Brasil, na oca do Parque do Ibirapuera, termina neste domingo, 20. O evento em memória da F1 teve início em 18 de outubro e ocorre de terça à domingo, das 10h às 21h, sendo necessário agendar o horário da visita.  

Na mostra, é possível encontrar diversos itens históricos e nostálgicos que marcaram o automobilismo brasileiro. Há, por exemplo, os capacetes históricos de diversos pilotos, incluindo os originais de Ayrton Senna, ídolo nacional, e Nelson Piquet, três vezes campeão da Fórmula 1; carros como a Ferrari de Felipe Massa e a Jordan de Rubens Barrichello; ou até mesmo macacões de pilotos como Felipe Nasr, Christian e Emerson Fittipaldi.  

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Exposição na Oca ressalta relação da cidade com a Fórmula 1.
PAULO GUERETA / SECOM

Ingressos e programação 

O valor dos ingressos varia de acordo com o dia. De terça-feira, o ingresso é gratuito; de quarta à sexta, o preço é de 50 reais a inteira; já nos finais de semana, o valor cheio sai por 150 reais. É possível consultar as modalidades disponíveis para meia-entrada no site da exposição. Aos domingos, nos dias de GP, a programação é especial e conta com atrativos para a exibição das corridas. 

Não apenas os pilotos brasileiros são lembrados pela exposição. Entre os itens da coleção, também há diversos capacetes do inglês Lewis Hamilton e uma réplica da Red Bull de Sebastian Vettel. No andar inferior, os visitantes encontram também diversos simuladores de F1, além de uma pista de autorama que sorteia entre o público alguns pequenos prêmios. Há ainda uma loja com roupas e acessórios relacionados à Fórmula 1. 

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Os GPs e a F1 no Brasil 

No dia 30 de março de 1972, no autódromo de Interlagos – hoje nomeado como autódromo José Carlos Pace -, ocorreu o primeiro GP Fórmula 1 em território nacional. O grande prêmio, que contou com o grande piloto brasileiro Emerson Fittipaldi largando na primeira posição, foi vencido pelo argentino Carlos Reutemann. Emerson acabaria abandonando a corrida e seu irmão, Wilson Fittipaldi, terminaria o GP na terceira posição. 

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Carros marcantes para o esporte também ocuparam a Oca.
PAULO GUERETA / SECOM

50 anos se passaram desde então. Na época, ver uma corrida ser realizada no Brasil, tão pertinho, foi um sonho realizado para os fãs de F1. Durante a transmissão do GP de São Paulo desta temporada, o jornalista de automobilismo Reginaldo Leme, presente nessas cinco décadas de história, afirmou que “para nós era como se fosse um sonho. Ver uma corrida aqui no Brasil, ficamos muito felizes. A gente nunca imaginava que aquilo ia acontecer”. 

Palestra com Rodrigo França 

Ao longo desses 33 dias de evento, a mostra contou com diversas palestras de grandes nomes do jornalismo automobilístico brasileiro. Na quarta-feira, dia 16 de novembro, o convidado da vez foi o experiente Rodrigo França. No ramo há 25 anos, Rodrigo se formou como jornalista pela ECA-USP e trabalhou em diversos portais, como TV Gazeta, Exame, iCarros e na Senna TV. França atua também como assessor de imprensa na agência RF1, especializada em clientes do ramo do automobilismo.  

Rodrigo contou para a sua história como jornalista de Fórmula 1 e ressaltou que os 25 anos cobrindo o GP no Brasil. Estreou em 1997, época em que a F1 tinha um dos menores públicos da história do evento que acontece anualmente no país tupiniquim. A corrida, que na época acontecia em março, vivia uma das piores fases do esporte no Brasil.  

No dia 1 de maio de 1994, Ayrton Senna morreu após uma batida na famosa curva Tamburello, no GP de Ímola daquele ano. A perda de um ídolo tão querido para a nação afetou o moral e interesse do público brasileiro. Rodrigo classificou aquele GP de 1997 como “o pior público em sua história” e afirmou esperar “que nunca voltemos àquela época”. 

Editado por Juliano Galisi

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