Sumário Fechar
Por Beatriz Biasoto, Manuela Stelzer, Maria Antônia Anacleto e Thiago Pansica Edição #66

Samba no pé o ano todo

Carnaval paulistano ocupa quadras e ruas fazendo a alegria das comunidades

Nas quadras repletas de gente, vozes ecoam os sambas-enredo de suas escolas. Alegria, animação e amor definem a atmosfera dessa grande festa “fora de hora”, porque, para quem frequenta alguma escola de samba paulistana, o ano inteiro é carnaval. A paixão inexplicável que move foliões envolve uma preparação que começa cedo, logo após o fim do desfile do ano anterior

Vai-Vai: Apesar de a Vai-Vai, maior campeã paulistana, ter sido rebaixada pela primeira vez, seus foliões não perderam o ânimo para o carnaval de 2020

Parte importante da cultura e identidade nacionais, o evento também influencia a economia e turismo na capital paulista. Segundo a Confederação Nacional do Comércio, estima-se que os serviços em torno do carnaval de São Paulo arrecadaram quase 2 bilhões de reais em 2019.

Mancha: Em 2019, a Mancha Verde foi campeã do carnaval de São Paulo pela primeira vez

Coreografias, brilhos, carros alegóricos e baquetas se movimentando harmonicamente, mantêm viva uma tradição que une a comunidade da escola e o bairro onde ela se situa. Esse sentimento de união se faz presente em todas as apresentações, ensaios e rodas de samba das diversas agremiações que compõem o carnaval paulistano.

Tatuapé: Campeã em 2017 e 2018, a Tatuapé busca seu terceiro título no Grupo Especial em 2020

Além disso, elas são parte central na vida de muitas pessoas da comunidade. Eduardo Santos, atual presidente da Acadêmicos do Tatuapé, afirma que as escolas de samba podem ser uma das únicas opções de lazer barato para grande parte da população carente da cidade. “É missão das agremiações continuar sendo um polo de inclusão social e lazer popular”, diz Santos. O Rei Momo agradece e o “túmulo do samba”, que de túmulo, definitivamente, não tem nada, também.