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Por Cecilia Marins de Abreu, Gabriel Seixas e Pedro Caramuru Edição #61

Do cinza às cores

Anualmente, acontece em São Paulo a Parada do Orgulho LGBT. Em 18 de junho de 2017, o termômetro de rua na esquina entre a Avenida Paulista e a Brigadeiro Luís Antônio marcava 24 graus célsius. Era aproximadamente meio-dia e a cantora e drag queen Pablo Vittar se apresentava para o público –, em sua maioria, formado por gays, lésbicas, transexuais e simpatizantes. No total, 19 trios elétricos desfilaram juntos na avenida. Até o final do dia, a 21ª Parada do Orgulho LGBT reuniria, segundo a Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOGLBT), três milhões de pessoas.

Mil novecentos e noventa e seis foi o primeiro ano do começo de uma agenda de atos por diversos grupos em prol das causas LGBT. Naquele ano, os participantes seguiram o trajeto que começou na Avenida Paulista rumo ao Vale do Anhangabaú. Vinte e um anos depois, a Parada tomou outra forma, não só pelos números, 1.500 vezes maior que o público original, mas pela festa. É nesta reinvenção dupla em que a Parada paulistana é uma dos maiores eventos de rua de São Paulo e um dos mais importantes movimentos pelos direitos LGBT do mundo.

Se para alguns a Parada é curtição, para outros é manifestação política. Com o tema “Independente de nossas crenças, nenhuma religião é lei. Todas e todos por um Estado laico”, o evento juntou protestos contra a LGBTfobia na política.